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O volume de exportação de açúcar no mês de janeiro de 2014 foi pouco mais de 2,1 milhões de toneladas, levando o acumulado de doze meses para 26,9 milhões, um acréscimo de 6,2% neste período anual. O preço médio de venda foi de US$ 429,35 por tonelada. Já o etanol, no entanto, acumula nos doze meses, uma exportação de 2,744 bilhões de litros, uma queda de 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado, com preço médio de venda em US$ 641,85 por metro cúbico.
Com esses números, o gestor de riscos da Archer Consulting, Arnaldo Corrêa - especialista em commodities agrícolas e setor sucroalcooleiro - sugere um cálculo para as estimativas de produção e demanda.
"Vamos estimar que as exportações do Brasil na safra 2014/2015 sejam de 26 milhões de toneladas de açúcar que, se assumirmos que as exportações nos meses de fevereiro e março de 2014 somem 3,4 milhões de toneladas, fariam com que encerrássemos a safra 2013/2014 com 26,7 milhões de toneladas, ou seja, vamos considerar 26 milhões de toneladas para 2014/2015, que representariam uma queda nas exportações de açúcar de mais de 2,5%. Acrescente-se a isso, mais o consumo interno de açúcar no volume conservador de 12 milhões de toneladas. Ou seja, o potencial de consumo de açúcar no Brasil, exportação e mercado interno, somam 38 milhões de toneladas", explica ele.
Ainda seguindo os números do especialista, completamos com o cálculo de etanol. "Vamos estimar que as exportações de etanol na safra 2014/2015 minguem para 1,8 bilhão de litros, considerando que existem contratos de longo prazo. No mercado interno, a crescente frota de veículos flex abre um grande potencial de consumo no álcool carburante. As vendas acumuladas de etanol no Centro-Sul, até janeiro deste ano, portanto considerando 10 meses, apontam para 9,253 bilhões de litros de anidro e 12,487 bilhões de litros de etanol. Vamos estimar o número total de consumo no Brasil em 27 bilhões de litros", calcula.
Segundo Arnaldo, precisamos ter cana suficiente para atender a um consumo de 38 milhões de toneladas de açúcar e 27 bilhões de litros de etanol. "Se assumirmos que a ATR média do Brasil (Centro-Sul e N/Nordeste) seja de 133 por tonelada de cana, a quantidade de cana a ser colhida no Centro-Sul tem que ser, no mínimo, de 612 milhões de toneladas. Lembrando que as previsões feitas acima são conservadoras. Se considerarmos a estimativa média do mercado hoje para a safra 2014/2015, que é de 570 milhões de toneladas, estamos falando de um déficit de 42 milhões de toneladas de cana, de maneira bem conservadora", finaliza.
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