Pesquisadores intensificam estudos sobre segurança de EPI agrícolas

Estudos realizados entre a Universidade de Maryland Easternshore em parceria com o IAC-Quepia buscam reforçar segurança do trabalho rural

06.11.2023 | 15:27 (UTC -3)
Fernanda Campos, edição Cultivar
Foto: divulgação
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Em etapa preparatória para uma reunião global do Consórcio Internacional de Vestimentas Protetivas Agrícolas, previsto para ocorrer no Brasil no ano que vem, a cientista Anugrah Shaw, da Universidade de Maryland Easternshore (EUA), chegou esta semana à paulista Jundiaí. Ela trabalha com seu colega brasileiro Hamilton Ramos, coordenador do programa IAC-Quepia, nas análises finais de um estudo que visa a aprimorar a segurança de vestimentas protetivas agrícolas ou EPI nas pequenas propriedades agrícolas.

A equipe de Ramos, formada também pela pesquisadora Viviane Aguiar Ramos, e Shaw, avaliam especificamente, nesta etapa do trabalho, a seleção de matérias-primas capazes de reforçar a segurança dos EPI agrícolas empregados nas pequenas propriedades agrícolas de todo o mundo.

Resultante de parceria entre o Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP situado em Jundiaí, e o setor privado, o programa IAC-Quepia tornou-se referência no desenvolvimento de métodos para avaliar e certificar a qualidade de EPI agrícolas. O programa emite o Selo IAC-Quepia, que destaca no Brasil fabricantes voltados à melhoria contínua de produtos.

“O objetivo do trabalho com a universidade americana é contribuir para a menor exposição possível do aplicador de defensivos agrícolas aos ingredientes ativos desses produtos, em todos os países agrícolas”, ressalta Hamilton Ramos. “O trabalho abrange a elaboração de novas recomendações envolvendo a confecção de EPI à base de algodão e poliéster”, ele acrescenta.

10 anos de Consórcio no Brasil

Conforme Ramos, o Consórcio Internacional de EPI, formado por países como Alemanha, Eslovênia, França e Estados Unidos, além do Brasil, persegue hoje um padrão mundial aplicável ao desenvolvimento desses produtos. Financiado com recursos privados, complementa o pesquisador, o IAC-Quepia, em 16 anos de atividades, resultou na queda das reprovações de qualidade de vestimentas agrícolas fabricadas no Brasil, que eram da ordem de 80% do montante analisado no laboratório do programa, em 2010, para menos de 20%.

A vinda da pesquisadora Anugrah Shaw ao Brasil, salienta Ramos, objetiva ainda a preparação do evento que celebrará os dez anos de atividades do Consórcio Internacional de EPI. Previsto para ocorrer na sede do IAC, na paulista Campinas, de 21 a 25 de outubro de 2024, o encontro terá a participação de pesquisadores dos cinco continentes, além de órgãos reguladores brasileiros, inclusive Anvisa, Ibama e os Ministérios da Agricultura e do Trabalho.

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