Corteva fecha unidade no Rio Grande do Sul
Encerramento acontece no próximo dia 1 de maio
Pesquisadores da Universidade de St Andrews descobriram os mecanismos de movimentação das larvas do besouro-castanho (Tribolium castaneum). Essas informações podem contribuir para o combate à infestação em grãos e melhorar a segurança alimentar.
Estima-se que até 20% das reservas de farinha e grãos no mundo em desenvolvimento sejam danificadas por pragas como Tribolium castaneum a cada ano, representando uma ameaça significativa à segurança alimentar global.
A pesquisa revelou que as larvas do besouro utilizam uma estratégia de locomoção adaptativa, especialmente em terrenos irregulares como a farinha. A capacidade dessas larvas de se movimentar com eficiência é um dos fatores que tornam o besouro uma praga devastadora.
Embora os pesquisadores já soubessem que esses insetos eram eficientes em se infiltrar nas reservas alimentares, até então, a forma como conseguiam se mover com tal precisão ainda era desconhecida.
O estudo demonstrou que as larvas do besouro se deslocam de forma mais eficiente em superfícies ásperas e fibrosas, como papel e papelão, utilizando um padrão de locomoção ondulante. Esse movimento começa na parte traseira do corpo e segue em direção à frente, proporcionando tanto flexibilidade quanto eficiência.
Quando as larvas enfrentam condições mais desafiadoras, como superfícies inclinadas ou a necessidade de escavar em farinha – uma fonte crucial de alimento –, elas utilizam estruturas chamadas pigopódios, localizadas na parte posterior do corpo, para se agarrar e se estabilizar.
A pesquisa também mostrou que, quando os pesquisadores interromperam as conexões neurais entre as seções frontal e posterior do corpo das larvas, a capacidade delas de escalar e escavar foi severamente prejudicada. Isso destaca a importância da coordenação entre as estruturas abdominais e torácicas para a adaptação dos movimentos.
Além das implicações para o controle de pragas, os resultados da pesquisa também podem inspirar novas ideias no campo da robótica. As estratégias de locomoção do besouro podem ser usadas no design de robôs ágeis e bioinspirados.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.1242/jeb.250015
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