Pesquisa da Yara mostra relação entre insumo e agricultura sustentável

Estudo de 65 anos na Alemanha aponta que aplicação de fertilizante mineral combinado a matéria orgânica proporciona ganhos ambientais

17.10.2023 | 09:48 (UTC -3)
Silvio Moura, edição Cultivar
Guilherme Schmitz, diretor de desenvolvimento de mercado da Yara
Guilherme Schmitz, diretor de desenvolvimento de mercado da Yara

A Yara revelou apontamentos de um estudo de 65 anos que vem sendo conduzido na Alemanha: ele comprova o valor dos fertilizantes minerais para a agricultura sustentável, reforçando a eficiência do uso dos adubos para melhoria da saúde do solo, otimização no uso de água e aumento de produtividade.

Conforme informações da empresa, o estudo acompanhou os efeitos de longo prazo do manejo de nutrientes. A pesquisa teve início em 1958 na cultura da batata, seguida por centeio e aveia. Em 2008, a rotação do milho foi incorporada para ajustar o ensaio às práticas agrícolas atuais. Durante os anos, foi analisado o desempenho dessas culturas nas seguintes variáveis: parte sem aplicação de fertilizante; parte com uso de suplementação FYM (estrume agrícola); parte com fertilizantes minerais com e sem FYM.

Os resultados sugerem benefícios da aplicação de fertilizante mineral N (nitrogênio) + P (fósforo) + K (potássio) + Mg (magnésio) como nutrição equilibrada e do complemento do FYM com fertilizante mineral como nutrição integrada.

Conforme a empresa, isso demonstra a importância em três aspectos da sustentabilidade:

social: melhoria do rendimento das safras, eficiência no uso da água e fertilidade do solo para garantir a produção de alimentos de forma sustentável;

• econômico: rentabilidade da produção, uso eficiente de recursos e manutenção da fertilidade do solo para aumentar a renda dos agricultores;

• ambiental: uso eficiente de nutrientes e melhoria da fertilidade do solo para minimizar a perda de nutrientes.

“Estudos extensos têm importância pela sua duração, já que o efeito na produção agrícola requer monitoramento durante anos até que mudanças se tornem visíveis”, explica Guilherme Schmitz (na foto), diretor de desenvolvimento de mercado da Yara.

“O sucesso da agricultura depende diretamente do investimento em pesquisa. Acreditamos que, por meio da ciência, é possível impactar o ecossistema de forma positiva. Na Yara temos um legado de conhecimento com base na nossa experiência secular e, assim, dedicamos grande esforço na disseminação dessa expertise para a evolução da agricultura no Brasil e no mundo”.

No Brasil, a Yara lidera cerca de 150 pesquisas sobre os benefícios do uso de fertilizantes em diferentes culturas agrícolas com instituições renomadas. Uma delas está voltada ao café, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), e realizada desde a safra 2015/16 na Fazenda NKG, em Santo Antônio do Amparo (MG). Um dos resultados do estudo detectou aumento de produtividade na cultura de café arábica em 4 sacas por hectare na aplicação de soluções nutricionais a base de nitrato de amônio, em comparação com a aplicação de ureia, além da redução de emissões de carbono na aplicação em 55% na comparação com o uso de fertilizantes convencionais.

Em outra frente, a empresa, junto à Embrapa, conduz um trabalho há 10 anos sobre os efeitos da substituição de ureia por nitrato em lavoura de milho. A pesquisa aponta que o uso de fertilizantes nitrogenados oriundos de matrizes energéticas limpas contribui para a redução da pegada de carbono em até 20%, além de um incremento em produtividade equivalente a 10 sacas por hectare ao ano - um aumento de 9% se comparado ao uso da ureia.

O estudo citado no início desta matéria, em inglês, pode ser visto no link abaixo.

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