Perfect Flight atinge 25 milhões de hectares digitalizados e monitorados sobre pulverização aérea

Volume de dados digitalizados pela empresa mais do que dobrou e se estabelece como o maior banco de informações sobre pulverização aérea do mundo

23.05.2022 | 16:20 (UTC -3)
Rafael Querrer
Volume de dados digitalizados pela empresa mais do que dobrou e se estabelece como o maior banco de informações sobre pulverização aérea do mundo. O alto índice de performance contribuiu para o destaque da plataforma e fortalecimento de parcerias durante participação da agtech na AgriShow 2022. - Foto: Divulgação
Volume de dados digitalizados pela empresa mais do que dobrou e se estabelece como o maior banco de informações sobre pulverização aérea do mundo. O alto índice de performance contribuiu para o destaque da plataforma e fortalecimento de parcerias durante participação da agtech na AgriShow 2022. - Foto: Divulgação

A Perfect Flight que em janeiro de 2021 contabilizava 10 milhões de hectares monitorados, alcançou em abril de 2022 (pouco mais de um ano) a expressiva marca de 25 milhões de hectares digitalizados e monitorados sobre pulverização agrícola.  Por meio de um software na nuvem, a plataforma auxilia os produtores no monitoramento das pulverizações agrícolas, (químicos e biológicos) garantindo menos desperdício, mais efetividade no combate às pragas e doenças, além de contribuir para a preservação do meio ambiente.

A plataforma foi apresentada durante a participação da empresa no stand da John Deere, na AgriShow, ocorrida de 25 a 29 de abril. O potencial da plataforma chamou a atenção no evento e contribuiu para agtech estreitar parcerias na feira, com empresas como a Embraer, John Deere, Syngenta Digital, entre outras.

O destaque se deu também pelo potencial de reduzir insumos e gastos, a partir da aplicação inteligente e moderada dos defensivos. Vale destacar que uma das preocupações recentes do agronegócio brasileiro é justamente a falta de defensivos e o alto custo praticado pelo mercado.

Aliás, esta edição da AgriShow movimentou R$11,2 bilhões, quantia 287% mais alta do que a registrada em 2021. Entre as justificativas está justamente a desorganização da cadeia produtiva, inclusive com problemas de tráfego marítimo, que desencadeou o aumento de preço dos insumos e componentes e fez crescer a demanda por soluções tecnológicas que ajudem a baratear os custos e otimizar processos.

“O que destaca ainda mais a urgência de se pensar uma agricultura mais tecnológica, digital e inteligente. Estamos na era da Agricultura de Decisão, e não mais de Precisão. A alta dos custos mostra que precisamos mensurar melhor todas as operações, de modo rápido e assertivo, para decisões que levem à melhores resultados. Sempre mais estáveis e menos danosas à saúde financeira do produtor e ao meio ambiente”, explicou Paulo Villela, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Perfect Flight.

A plataforma da agtech também esteve presente durante o evento na Arena do Conhecimento, apresentando a integração com o Operation Center, interface de soluções digitais da John Deere, que agora também oferece acesso aos dados da Perfect Flight. Na prática, o sistema que coleta os dados de pulverização terrestre no data center da John Deere, permite agora a visualização às informações de pulverização aérea da Perfect Flight. O objetivo é auxiliar o produtor rural na melhor aplicação dos químicos pulverizados, da gestão ao planejamento em tempo real.

Tendências de Mercado

Tecnologia no campo é sinônimo de segurança ambiental, produtividade e economia. Ao longo da feira, debateu-se que nos próximos anos, especialmente com a expansão da infraestrutura de conectividade, anunciada recentemente pelo governo federal, o agronegócio passe a trabalhar com integração de plataformas. Estes sistemas que digitalizam rotinas da produção, soluções de todos os tipos já estão inseridas no cotidiano dos produtores, cada vez mais preocupados em assegurar resultados expressivos, sem prejuízos a outros ecossistemas e, também ao próprio bolso.

Nesse sentido a agtech, vem seguindo a tendência e tem orientado a produção agrícola para o campo tecnológico através da integração dos sistemas com o Operation Center, da John Deere.

Os drones também tiveram destaque no evento, com a participação de empresas que trabalham tecnologias voltadas para monitoramento, pulverização e outros recursos. Essa predileção pelos drones, em alta no mundo inteiro, tem sido assimilada pelo setor de forma natural.  

Dados apresentados na feira indicam que o mercado global de drones movimentará de mais de R$ 6 bilhões até o ano de 2025, sendo que a fatia brasileira no período chega R$ 600 milhões, com a projeção de vendas de cerca de 3 mil drones.

Na vanguarda do segmento, a Natutec – empresa de drones da Koppert – firmou parceria com Perfect Flight para incluir em seus voos as soluções de monitoramento e rastreamento oferecidas pela agtech. Desde o início da parceria, em janeiro deste ano, já foram rastreados e monitorados 360,5 mil hectares de cana-de-açúcar, que receberam a liberação dos macrobiológicos Cotesia flavipes e Trichogramma galloi.

Com essa nova tecnologia, o produtor passou a ter um relatório praticamente automatizado das atividades em sua propriedade, com informações como mapa de aplicação, operador, equipamento, doses e hectares tratados. No primeiro trimestre deste ano, foram gerados 4.137 relatórios, que em 2 minutos estão à disposição do cliente, na plataforma.

Além da parceria com a Natutec, a Perfect Flight também atua no setor em conjunto com a Arpac, empresa especializada em drones agrícolas. A plataforma da Perfect faz a leitura dinâmica de toda a área de aplicação de defensivo, além de assimilar também fatores externos, como condições climáticas, proximidade de nascentes e regiões com a presença de pessoas e animais, para determinar o melhor momento e o melhor padrão de aplicação dos defensivos. Ou seja, o produtor recebe uma análise completa para orientar, da forma mais eficaz, a proteção do plantio.

“As grandes marcas focaram na apresentação de soluções e integrações tecnológicas para gerar cada vez mais valor para seus clientes, não apenas nas máquinas, que antes eram o foco principal da feira. O volume de dados que digitalizamos, por exemplo, reforça o potencial do mercado de inteligência tecnológica para o campo”, acrescentou Villela.

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