PR Safra 2024/25: milho deve ser colhido até o fim de agosto
Com 74% da área colhida, Estado projeta 17 milhões de toneladas e contribui para safra nacional
O pastoreio, prática central no manejo de pastagens, altera de forma significativa a diversidade e a composição de insetos em ecossistemas campestres. É o que indica uma meta-análise global baseada em 56 estudos de campo, abrangendo 165 locais e mais de 500 observações.
A pesquisa revelou que a intensidade do pastoreio determina os efeitos sobre a fauna. O sobrepastejo e o pastoreio intenso reduziram de forma expressiva a riqueza e a abundância de espécies de insetos. Em contrapartida, regimes leves ou moderados não provocaram alterações relevantes nesses índices.
As mudanças na diversidade de insetos estão fortemente associadas a modificações na heterogeneidade das comunidades vegetais. Alterações na estrutura da vegetação afetam a disponibilidade de recursos e micro-habitats, influenciando a presença de diferentes grupos funcionais de insetos. A composição das comunidades respondeu de forma mais sensível ao manejo do que a própria riqueza de espécies.
Fatores ambientais como temperatura média anual, precipitação e altitude exerceram influência direta sobre os resultados. A elevação mostrou correlação positiva com a riqueza de insetos, enquanto o aumento da precipitação apresentou relação negativa.
O estudo também detectou respostas distintas entre grupos de insetos. Gafanhotos e borboletas tiveram aumento de riqueza e abundância sob pastoreio moderado. Abelhas mantiveram diversidade estável, mas registraram crescimento populacional. Já predadores e parasitas mostraram pouca variação na riqueza, embora a abundância tenha aumentado sob determinadas intensidades.
No componente vegetal, o pastoreio intenso reduziu cobertura, altura e biomassa das plantas, com reflexos sobre a disponibilidade de flores e sementes. Essas mudanças afetam interações planta-polinizador e a ciclagem de nutrientes.
Os autores destacam que a intensidade de manejo, combinada a fatores climáticos e topográficos, tem peso maior na determinação da diversidade de insetos do que o pastoreio isoladamente. Eles recomendam ajustes nas taxas de lotação e no regime de uso para equilibrar produção pecuária e conservação da biodiversidade.
Mais informações em doi.org/10.1016/j.eja.2025.127787
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura