Parque citrícola tem 2% de área com pomares abandonados

O parque citrícola, formado por municípios de São Paulo e do Triângulo e Sudoeste Mineiro tem 9.953 hectares de pomares de citros abandonados, o que corresponde a 2% de sua área total

02.12.2015 | 21:59 (UTC -3)
Fabiana Assis

O parque citrícola, formado por municípios de São Paulo e do Triângulo e Sudoeste Mineiro tem 9.953 hectares de pomares de citros abandonados, o que corresponde a 2% de sua área total, de acordo com o censo da citricultura, realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura – Fundecitrus.

Estas áreas representam risco aos pomares sadios e produtivos devido à alta incidência de pragas e doenças, por estarem sem tratos culturais, com frutas apodrecidas no chão, mato alto, plantas com galhos secos ou mortas.

A macrorregião Centro é a mais afetada pela presença desses pomares. Nela, estão as regiões de Duartina, primeira colocada do abandono com 1.889 hectares (3% de sua área), e Matão com 1.353 ha (2%) abandonados, além de Brotas, que tem a maior área abandonada proporcional ao seu tamanho, com 1.339 ha (mais de 5%).

O Triângulo Mineiro é a macrorregião com menor área de pomares abandonados ou em más condições, com 0,88% do seu território nestes estados.

O parque citrícola tem outros 24.672 hectares (5,5%) em condições ruins, com deficiência de tratos culturais, plantas com produtividade em baixa e manejo inadequado de pragas e doenças. Neste quesito, a região de Limeira está disparada na frente com 6.517 ha em mau estado, representando 14% da sua área. Seguida pela região de Porto Ferreira, com 3.674 ha (9%) e Brotas com 2.858 ha (12%).

De acordo com o gerente geral do Fundecitrus, Antonio Juliano Ayres, estes pomares representam um grande risco para a citricultura. “Essas plantações servem de constante fonte de doença e criadouro de pragas, sobretudo do psilídeo, transmissor do HLB (greening). Eles devem ser erradicados porque prejudicam os citricultores que estão cuidando de seus pomares e desenvolvendo um bom trabalho”, afirma.

O Fundecitrus tem investido em ações para minimizar o impacto causado por estes pomares. A principal delas é a criação e soltura da vespinha Tamarixia radiata, inimigo natural do psilídeo. Também tem incentivado os citricultores a buscar soluções com os proprietários de pomares vizinhos que estão em más condições, entre elas a erradicação ou pulverização da área.

O assunto também foi tratado pelo Fundecitrus junto à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA) e ao Ministério da Agricultura, Pesca e Abastecimento (MAPA), solicitando formalmente agilidade e prioridade dos órgãos de defesa para soluções para áreas de alto risco.

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