Brasil passa a ter lei específica sobre bioinsumos
A Lei 15.070/24 já está em vigor, mas alguns dispositivos dependem de regulamentos
A Inedita Bio, empresa de biotecnologia especializada em edição de genômica, e a Shull Seeds, companhia brasileira de sementes de milho e sorgo, anunciaram uma parceria de P&D para criar híbridos de milho mais eficientes na absorção de nutrientes e, assim, ofertar materiais mais produtivos e sustentáveis.
A colaboração utilizará a tecnologia Trait by DesignTM, da Inedita, e a previsão é que os primeiros híbridos com a tecnologia cheguem ao mercado em 3 a 4 anos.
“A colaboração em P&D com a Shull vai impulsionar o desenvolvimento de traits biotecnológicos nos híbridos de milho da empresa, colocando-a na vanguarda das inovações baseadas em edição genética no Brasil. Nossas soluções têm o potencial de transformar a forma como produzimos alimentos, e essa parceria confirma essa capacidade”, afirma Paulo Arruda (na foto acima, à esquerda), CEO da biotech.
O trait que as empresas irão desenvolver promete revolucionar a cultura do milho no Brasil.
A meta é criar um híbrido cujo manejo necessite de menos fertilizantes nitrogenados, atuando de forma similar aos inoculantes bacterianos do gênero Rhizobium, populares na cultura da soja a partir dos anos 2000.
Lavouras de híbridos de milho com esse trait necessitarão menos fertilizantes nitrogenados, o que diminuirá os custos para o agricultor.
Outros benefícios dessa tecnologia são o aumento da produtividade e menor impacto ambiental dentro da cadeia produtiva dos nitrogenados e em seu uso no campo.
“A principal necessidade do agricultor hoje é produzir mais com menos custo, e esse é o objetivo final da parceria com a Inedita. Trabalhar na redução de custos que os fertilizantes nitrogenados impõem é estratégico não apenas pelo viés financeiro, mas também pelos desafios geopolíticos globais”, analisa o engenheiro agrônomo Paulo Pinheiro (na foto acima, à direita), CEO da Shull.
“Nossa visão sempre buscou posicionar as empresas brasileiras também como criadoras de tecnologia que irão contemplar as necessidades dos agricultores brasileiros, e poderão ser licenciadas para outras empresas, fomentando um ciclo virtuoso de geração de riqueza,” conclui.
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