Paraná busca medidas para aliviar dívidas no campo

Estado e entidades rurais solicitam ao governo federal retomada do apoio a produtores afetados por eventos climáticos

10.11.2025 | 15:04 (UTC -3)
Secretaria da Agricultura, edição Revista Cultivar
Foto: Celso D. Seratto
Foto: Celso D. Seratto

O governo do Paraná, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), manifestou apoio às reivindicações de entidades do setor produtivo para aliviar o endividamento dos agricultores atingidos por eventos climáticos extremos. A pasta assinou, junto a representantes do setor, uma carta encaminhada ao governo federal pedindo medidas emergenciais de apoio financeiro.

O documento destaca as dificuldades enfrentadas pelos produtores para cumprir compromissos de custeio e investimento após sucessivas perdas nas lavouras. Desde 2017, o Paraná registra quebras de safra recorrentes — com destaque para 2021/22, quando a produção de soja, principal cultura do estado, caiu cerca de 40%, chegando a perdas regionais de até 82%. Neste ano, novas tempestades, ventos fortes e granizo atingiram ao menos cinco regiões, destruindo lavouras, aviários e estruturas de armazenagem.

A carta foi enviada à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e ao ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O documento tem a assinatura da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), do Sistema Ocepar, da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Paraná (Fetaep) e da União Nacional das Cooperativas de Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes-PR).

As entidades solicitam que o governo federal restabeleça o objetivo original da Medida Provisória nº 1.314/2025, que previa o uso de recursos para liquidação ou amortização de dívidas de produtores afetados por desastres climáticos. Segundo as instituições, a Resolução CMN nº 5.247/2025 acabou restringindo o alcance da medida ao impor critérios que excluíram grande parte dos produtores paranaenses, como a exigência de decretos municipais de emergência e perdas mínimas de 20% em dois dos três principais cultivos.

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