Novas técnicas de cultivo, mais baratas, podem permitir elevação no consumo de café

28.10.2015 | 21:59 (UTC -3)
CNA

O bom desempenho do cafeicultor diminui os custos de produção e novas técnicas de cultivo melhoram a qualidade do café brasileiro e elevam o consumo interno, valorizando, assim, o trabalho do produtor. O Brasil é um dos países mais competitivos do mundo em relação ao café, principalmente devido as técnicas utilizadas pelos produtores, como a mecanização, que permite ganhos em grandes escalas e a diversidade e qualidade do produto cultivado em regiões variadas. Esses e outros assuntos serão discutidos durante o Dia de Mercado de Café, que será realizado no dia 05 de novembro, em Lavras (MG).

A palestra “Tendências do Mercado de Café e Estratégias para Aumento da Competitividade da Cafeicultura Brasileira” será apresentada pelo engenheiro agrônomo e analista da MBAgro, César de Castro Alves. De acordo com o analista, o setor pode produzir um café cada vez mais adequado ao desejo do consumidor final. “O foco absoluto para um café de qualidade começa na condução da lavoura, depois na colheita, pós-colheita, secagem e armazenamento. Os produtores que conseguirem produzir um grão diferenciado terão sempre uma vantagem comercial sobre aqueles atuantes no mercado commoditizado”, explica.

Durante a palestra também vão ser discutidas as expectativas do mercado no Brasil e o crescimento da demanda do café no mundo. Segundo César, a tendência de longo prazo é positiva, pois o Brasil caminha para safras melhores a partir do próximo ano. “Do ponto de vista da demanda a situação é favorável. O consumo mundial há anos cresce de maneira consistente mesmo em anos de menor expansão econômica, puxado principalmente pelos países em desenvolvimento. Isso significa um amplo mercado para o produto brasileiro, que vem cada vez mais passando a ser conhecido como origem de qualidade, não somente quantidade”, explica o analista.

Ainda de acordo com César, o setor necessita de boa gestão, pois os custos da cafeicultura, em parte atrelados ao dólar, subiram muito e o café pouco aproveitou a alta da moeda americana. “O café é uma commodity que sofre pressão negativa quando há desvalorização cambial. Mas podemos manter o Brasil com o título de maior produtor e exportador do mundo”, finaliza.

O objetivo do Dia de Mercado de Café é difundir as análises técnicas e econômicas identificadas pelo Projeto Campo Futuro da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A programação do encontro também contará com temas sobre custos de produção, gestão da propriedade cafeeira, estratégias para a colheita do café, técnicas de pós-colheita e casos de sucesso com uso de mecanização em áreas montanhosas.

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