Irrigação por gotejamento dobra produtividade de tomate e reduz custos na lavoura

27.10.2015 | 21:59 (UTC -3)
Tatiana Freitas

Na Fazenda Alegre, localizada em Itaberaí a 92 km da capital Goiânia/GO, está um dos maiores produtores de tomate para a indústria: Iron de Lima. Este produtor está revolucionando sua produção que, desde 2012, teve um expressivo aumento de produtividade e qualidade no tomate. De 80 toneladas por hectare passou para 140 ton/ha. O motivo: adoção de tecnologia.

Trata-se da irrigação localizada por gotejamento subterrâneo da Netafim, empresa pioneira e líder mundial em soluções de irrigação por gotejamento. Conhecida como “gota a gota”, o sistema consiste na aplicação de água e nutrientes diretamente nas raízes das plantas. “A adoção dessa tecnologia era aumentar a produtividade do plantio e irrigar as áreas que ainda não possuíam métodos de irrigação. Depois disso, obtive melhores resultados e também consegui usar a água de forma racional e diminuir gastos com os defensivos”, explica o produtor Iron de Lima.

O tomateiro é uma planta muito sensível à incidência de doenças. As irrigações convencionais, por exemplo: aspersão, causam excesso de umidade no solo e nas folhas, favorecendo a incidência destas doenças e obrigando o produtor a realizar muitas aplicações de defensivos para o controle. “Neste sentido, a irrigação localizada por gotejamento subterrâneo combinada com a fertirrigação disponibiliza água e nutrientes diretamente no sistema radicular das plantas, na quantidade ideal e na fase que mais necessitam, não molhando as folhas e frutos, e não causando encharcamento do solo, diminuindo a proliferação de doenças e a necessidade de muitas aplicações de agroquímicos”, explica William Damas, coordenador agronômico da Netafim.

Aumentar a produtividade, ter frutos de mais qualidade e economizar água são ganhos muito atrativos. Mas todo produtor quer ver isso em números. “Considerando somente o incremento médio de produtividade de 40 ton/há com a utilização da irrigação por gotejamento subterrâneo em comparação com o pivô central (sistema atual mais usado), e o preço da tonelada em todo de R$ 200, seria 40 x 200: R$ 8.000,00 por hectare”, detalha o coordenador agronômico.

O produtor também consegue economizar cerca de 20% no faturamento por conta da redução de custos da produção. “Menos mão de obra, redução dos produtos durante as aplicações sejam de nutrientes ou defensivos, menor uso da água e de energia. Com isso aumenta a possibilidade do tomate chegar mais barato na mesa do consumidor”, afirma Damas.

Mesmo em tantas boas notícias, a produção de tomate requer cuidados especiais na lavoura. “Monitoramento da irrigação, pois tanto a falta quanto o excesso de água são prejudiciais ao desenvolvimento do tomate; constante monitoramento e controle de pragas e doenças; realização de adubações adequadas, pois a falta de nutrientes debilita e atrasa o desenvolvimento das plantas”, finaliza.

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