Norma altera programa de brucelose
O Noroeste de Minas teve, em 2010, uma safra de grãos da ordem de 2,4 milhões de toneladas, volume equivalente a 23,7% do total produzido no Estado. Os dados, que confirmam a região como líder do ranking mineiro nesse segmento, constam do último levantamento realizado no ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Logo atrás do Noroeste está o Triângulo Mineiro, com uma safra de 2,3 milhões de toneladas de grãos. Já o Alto Paranaíba ocupa a terceira posição, com 2,1 milhões de toneladas.
De acordo com a assessora da Superintendência de Política e Economia Agrícola (Spea) da Secretaria da Agricultura de Minas Gerais, Márcia Aparecida Silva, o Noroeste está na posição de maior produtor de grãos do Estado apesar da retração de 5,7% da sua safra. Ela explica que a liderança do Noroeste deve ser atribuída em primeiro lugar ao desempenho equilibrado das lavouras de soja e milho, produtos que respondem pelo maior volume da safra mineira de grãos.
“No caso da soja, a produção do Noroeste, no ano passado, foi de 977,6 mil toneladas, volume equivalente a 33,7% do total desse grão colhido no Estado. A safra de milho alcançou 941,9 mil toneladas, ou 15,4% da safra mineira”, diz Márcia Silva.
A região tem destaque também com o feijão: colheita de 285,4 mil toneladas, volume equivalente a 45,7% da safra estadual.
Além disso, o Noroeste respondeu, em 2010, pela produção de 33,8 mil toneladas de algodão em caroço. Este volume, segundo a assessora, representa 61% de todo o produto colhido em Minas na safra passada.
Outro produto que contribuiu para a confirmação da liderança do Noroeste na produção de grãos em Minas Gerais foi o trigo. Segundo Márcia Silva, a região respondeu por 18,6% da safra mineira, que totalizou 84,9 mil toneladas.
As lavouras de grãos do Noroeste ocupam apenas 15% da área total da região. Estudos indicam que ainda há cerca de 2,5 milhões de hectares disponíveis para plantio, e as safras da região apresentam crescimento sobretudo como consequência de investimentos em tecnologia.
As plantações de milho, no ano passado, ocuparam 129,3 mil hectares, área 15,9% inferior à ocupada pelo grão em 2009. Já a área de soja, da ordem de 367,3 mil hectares, foi 1,38% menor que a do ano anterior. Os plantios de trigo e algodão em caroço tiveram reduções de área de 31,4% e 15,6%, respectivamente. “os números mostram que houve aumento da produtividadade, ou seja, da quantidade produzida em um mesmo hectare”, explica Márcia Silva.
Apoio logístico
A criação do Terminal Intermodal de Pirapora, no Norte do Estado, é um dos fatores que têm estimulado a produção de milho e soja na Região Noroeste. Inaugurado em 2009, o terminal foi criado pela Vale/Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que investiu no projeto R$ 300 milhões, e faz parte do programa Pró-Noroeste, desenvolvido em parceria com o Governo de Minas, Federação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Faemg) e Banco do Brasil.
Por intermédio do corredor logístico, em 2010, Minas embarcou 521 mil toneladas de soja e 122 mil toneladas de milho para o mercado externo. “A estimativa para 2011 é de 1 milhão de toneladas, sendo 80% de soja e o restante de milho”, diz William de Almeida, analista de mercado da FCA/Vale.
Futuramente, outros produtos agrícolas poderão ser escoados da mesma forma. O governo de Minas está pavimentando várias rodovias da região para facilitar o acesso entre os municípios produtores do Noroeste do Estado e o terminal da Região Norte.
Ivani Cunha
Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais – Assessoria de Comunicação Social
(31) 3915-8544
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