Plantas daninhas resistentes aumentam custo de produção de soja
Estudo realizado pela Embrapa nas principais regiões produtoras do País avaliou que os custos de produção em lavouras de soja com plantas daninhas resistentes ao glifosato podem subir
Estradas em constante manutenção, queda no rendimento das lavouras e voçorocas irreparáveis são alguns dos motivos que levaram o grupo de secretários de agricultura da região noroeste a buscar ajuda na Embrapa Trigo. As ações de conservação de solo foram apresentadas de forma prática e interativa.
De acordo com a representante da Associação de Municípios da Grande Santa Rosa (AMGSR), Roseli Rost, os estragos com a erosão começaram a aparecer em 2014, exigindo a mobilização do poder público para resolver os problemas crescentes nas propriedades rurais e nas vias públicas. Além de buscar o apoio de instituições com trabalhos voltados a conservação de solos, os secretários também estudam programas de incentivo nos municípios: “Os últimos três anos chuvosos, abriram o solo. Tapamos os buracos, mas na próxima chuva a terra vai embora e leva parte da lavoura. Precisamos de ações preventivas, uma mobilização continuada para diminuir os prejuízos”, explica o secretário do município Senador Salgado Filho, Oto Rudi Tampke.
A visita à Sementes Falcão (Sarandi, RS) chamou a atenção do secretário de Santa Rosa, Valmiro Eisen: “A maioria das demandas dos produtores era a cedência de máquinas para remover os terraços. No Falcão vimos o quanto o terraceamento tem contribuído para a conservação das estradas, para a fertilidade do solo e até a preservação dos recursos híbridos”.
Em São José do Inhacorá, as ações de conscientização no meio rural iniciaram há três anos, com visitas às propriedades no acompanhamento técnico das ações e o registro de boas práticas na secretaria de agricultura. “A prefeitura pode ceder máquinas para fazer as ações de solo, por exemplo. As práticas de conservação reduzem os gastos com o conserto de estradas e permitem outros investimentos na agricultura”, conta o secretário Altair Dill.
“O desafio de segurar a água onde ela cai, com plantas vivas e mortas, plantio em contorno e terraceamento nas lavouras, constitui uma oportunidade para o aumento da produtividade e estabilidade dos cultivos, menor perda de rendimento por ocasião de estiagens e diminuição dos custos de manutenção das rodovias vicinais dos municípios”, explica o Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, completando: “este foi o principal recado que deixamos aos gestores municipais durante um dia inteiro de vivências em agricultura conservacionista”.
A ação foi coordenada pelo grupo de pesquisas em solos da Embrapa Trigo, em parceria com a Emater/RS Regional de Santa Rosa e a AMGSR.
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