Municípios buscam reduzir custos e melhorar rendimentos na agricultura com a conservação de solos

As ações de conservação de solo foram apresentadas de forma prática e interativa

25.10.2017 | 21:59 (UTC -3)
Joseani M. Antunes ​

Estradas em constante manutenção, queda no rendimento das lavouras e voçorocas irreparáveis são alguns dos motivos que levaram o grupo de secretários de agricultura da região noroeste a buscar ajuda na Embrapa Trigo. As ações de conservação de solo foram apresentadas de forma prática e interativa.

De acordo com a representante da Associação de Municípios da Grande Santa Rosa (AMGSR), Roseli Rost, os estragos com a erosão começaram a aparecer em 2014, exigindo a mobilização do poder público para resolver os problemas crescentes nas propriedades rurais e nas vias públicas. Além de buscar o apoio de instituições com trabalhos voltados a conservação de solos, os secretários também estudam programas de incentivo nos municípios: “Os últimos três anos chuvosos, abriram o solo. Tapamos os buracos, mas na próxima chuva a terra vai embora e leva parte da lavoura. Precisamos de ações preventivas, uma mobilização continuada para diminuir os prejuízos”, explica o secretário do município Senador Salgado Filho, Oto Rudi Tampke.

A visita à Sementes Falcão (Sarandi, RS) chamou a atenção do secretário de Santa Rosa, Valmiro Eisen: “A maioria das demandas dos produtores era a cedência de máquinas para remover os terraços. No Falcão vimos o quanto o terraceamento tem contribuído para a conservação das estradas, para a fertilidade do solo e até a preservação dos recursos híbridos”.

Em São José do Inhacorá, as ações de conscientização no meio rural iniciaram há três anos, com visitas às propriedades no acompanhamento técnico das ações e o registro de boas práticas na secretaria de agricultura. “A prefeitura pode ceder máquinas para fazer as ações de solo, por exemplo. As práticas de conservação reduzem os gastos com o conserto de estradas e permitem outros investimentos na agricultura”, conta o secretário Altair Dill.

“O desafio de segurar a água onde ela cai, com plantas vivas e mortas, plantio em contorno e terraceamento nas lavouras, constitui uma oportunidade para o aumento da produtividade e estabilidade dos cultivos, menor perda de rendimento por ocasião de estiagens e diminuição dos custos de manutenção das rodovias vicinais dos municípios”, explica o Chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, completando: “este foi o principal recado que deixamos aos gestores municipais durante um dia inteiro de vivências em agricultura conservacionista”. 

A ação foi coordenada pelo grupo de pesquisas em solos da Embrapa Trigo, em parceria com a Emater/RS Regional de Santa Rosa e a AMGSR.


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