Setor cerealista debate futuro em Congresso da Acebra
Evento nacional reúne lideranças do setor cerealista e projeta futuro da entidade
O cultivo global da batata enfrenta uma pressão crescente. A combinação entre mudanças climáticas, novas pragas e doenças agravou os problemas agronômicos e reduziu a produção mundial. O alerta foi dado durante o Simpósio Internacional da Batata, realizado na Macfrut, com a participação de 35 especialistas e cerca de 400 participantes.
Nos últimos meses, os preços aumentaram em todo o mercado europeu e também fora da Europa. A disponibilidade global caiu de forma significativa, conforme as médias dos últimos cinco anos.
Hoje, o mundo colhe cerca de 375 milhões de toneladas. A China lidera com 95 milhões, seguida pela Índia (56 mi) e Ucrânia (21 mi). A União Europeia produziu 48,5 milhões em 2023, segundo a Eurostat. Alemanha, França, Países Baixos, Polônia e Bélgica concentram 76% desse volume.
Durante o evento, especialistas destacaram a pressão de Agriotes spp., da bactéria Ralstonia solanacearum e de plantas daninhas do gênero Cyperus. As ameaças exigem protocolos rigorosos. Ao mesmo tempo, cresce o consumo de produtos processados à base de batata.
A Comissão Europeia criou recentemente uma OCM (Organização Comum de Mercado) específica para o setor. Por enquanto, apenas a Itália adotou a medida, permitindo que organizações de produtores acessem programas operacionais semelhantes aos da fruticultura. O objetivo é renovar processos e buscar inovação.
A Itália ainda depende de importações, especialmente da França, para suprir de 40% a 50% da demanda. Trabalhos experimentais liderados pela Unapa desenvolveram variedades mais adaptadas ao cenário atual.
A batata Fiorella, com três meses de latência, exige menos tratamentos durante o armazenamento. Já a variedade Morisa, cruzada com a francesa Gazelle, alcança produtividade de até 500 sacas por hectare.
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