Ministro debate demandas do agronegócio com câmaras setoriais e temáticas

Blairo Maggi quer maior busca por mercados externos pelo setor produtivo

07.07.2016 | 20:59 (UTC -3)
MAPA

O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) disse nesta quinta-feira (7) que os diversos setores do agronegócio brasileiro devem procurar se internacionalizar. Ele afirmou que a busca de novos mercados é uma prioridade de sua gestão, ao lado do diálogo e da desburocratização. Pela primeira vez desde assumiu o cargo, o ministro se reuniu com presidentes câmaras setoriais e temáticas.

Maggi citou os laticínios, “que sofrem variações muito bruscas de preços”, como exemplo de indústria que deve investir em negócios fora do Brasil. “Neste caso, ganhar mercados externos baliza melhor os preços e assim conseguimos uma previsibilidade maior”, destacou durante o encontro com cerca de 20 representantes de câmaras.

Ele também disse que o diálogo com os diversos setores representados nas câmaras será prioritário e determinou respostas objetivas por parte do ministério. “A orientação, daqui pra frente, é buscar soluções para tudo que chegar por meio das câmaras. Com muita transparência, a ordem é: se pode atender, vamos atender. Do contrário, vamos responder que não podemos atender.”

Olhar para o futuro

“Todas as demandas apresentadas na reunião são conhecidas e vamos buscar resolver. Mas eu estou exortando as câmaras também para olharmos para o futuro”, ressaltou Maggi. “Os setores são fortes e eficientes. Precisam mostrar a cara e sair junto com o ministro e as outras instituições do setor para conquistar o mercado internacional e buscar soluções.”

Um das questões levantadas na reunião foi o abastecimento de feijão no mercado nacional, o que tem impactado nos preços do produto. “O governo fez o que deveria fazer, abrir o mercado. Com a previsão de entrada de feijão do exterior, o preço começa a ceder também”, disse Maggi.

Exportação para os EUA

No próximo mês, o ministro disse que vai a Washington para assinar um acordo que permitirá ao Brasil exportar carnes in natura para os Estados Unidos. Maggi ressaltou, no entanto, que acordos de exportação abrem uma via de mão dupla. “Estamos abrindo para ir para lá e para eles viram para cá. Assim, haverá concorrência em algumas peças e os preços podem cair aqui.”

Na próxima semana, ele deve se reunir com as outras 20 câmaras setoriais. “A prioridade é o diálogo, a desburocratização, a busca de pontos em comum que não dependem de dinheiro, mas de vontade política para resolver”, reforçou Maggi.

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