Case IH lança o primeiro monitor de produtividade do mercado canavieiro
Depois de 10 semanas de trabalho intenso no campo, a semeadura de milho, em Mato Grosso, chegou ao fim na última semana. Vencida a etapa semeadura, resta ao produtor cuidar das lavouras, torcer por chuvas e aguardar o resultado da sua segunda safra, que ele começará a colher em meados de junho.
A estimativa é de tenham sido semeados cerca de 2,96 milhões de hectares nesse ciclo, conforme o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Ao longo das últimas semanas, como relatam os analistas do Imea, o produtor muitas vezes teve de correr contra o tempo, principalmente nas últimas semanas, para evitar ao máximo a semeadura do cereal fora da janela ideal. Com esta corrida, a semeadura da safra 2014/15 conseguiu encerrar os trabalhos uma semana antes se comparado ao término da temporada 2013/14, contudo, ainda assim teve boa parte do cereal semeado fora da janela, o que pode vir a preocupar o produtor, visto que as expectativas de chuvas para os próximos meses são de baixo volume.
Se considerada a média de 60 dias para o pendoamento do milho no Estado, estima-se que cerca de 85,23% do cereal semeado a partir de meados de janeiro estará nesta fase na primeira semana de maio. Posteriormente, espera-se que 39,55% do milho semeado no Estado se encontre na fase de enchimento de grão na última semana de abril, sendo necessário em média cerca de 240 milímetros (mm) de água para o seu desenvolvimento, a maior necessidade hídrica do ciclo. O que pode ser preocupante para o produtor são as previsões de baixos volumes de chuva para o final de abril e início de maio, podendo provocar assim redução na produtividade, caso haja este deficit de água. Já na maturação, a necessidade hídrica é menor, sendo estimado que ao final de junho o milho mato-grossense estará pronto para ser colhido.
"A partir de agora, o agricultor irá se atentar ao desenvolvimento do cereal e aguardar com boas vibrações as chuvas dos meses de abril e maio, que serão decisivas para a produtividade das lavouras mato-grossenses".
REVISÃO ? No início deste mês, o Imea divulgou, com alterações positivas, o segundo levantamento da safra 2014/15 de milho.
Apesar das expectativas de ainda ter uma menor safra em relação à temporada 2013/14, o Imea observou que nos últimos meses os produtores mato-grossenses, em geral, sentiram-se mais estimulados a semear o milho em virtude das chuvas que colaboraram para a umidade do solo e a recuperação positiva das cotações no mercado interno devido, dentre outros fatores, ao aumento do dólar.
A estimativa de área verificada no segundo levantamento, revelou aumento de 4,81% em relação a primeira estimativa de safra realizada em novembro de 2014. O novo dado apresentou área de aproximadamente 2,96 milhões de hectares, frente a área de 2,82 milhões de hectares da estimativa anterior. Já em relação à temporada atual, a estimativa de área da safra futura ainda é menor em 7,96% ou 256 mil hectares.
A região que apresentou aumento mais significativo em relação à projeção anterior foi a médio norte, contanto com uma área de 1,35 milhão de hectares, é maior região produtora do Estado.
Para a produtividade o Imea manteve os mesmos números da projeção passada de 86 sacas por hectare. Assim, a estimativa da produção do cereal mato-grossense teve aumento de 4,76% em relação à projeção passada em virtude da maior área, sendo projetada a 15,29 milhões de toneladas. Contudo, a produção da safa futura ainda é 13,70% menor que a produção da safra atual, que fechou em 17,7 milhões de toneladas.
Ainda sobre a produção pesará o nível de investimento feito pelo produtor. Se houve aplicação de insumos em quantidade ou apenas o mínimo para garantir o desenvolvimento das lavouras.
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