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Agora, com o aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, que passou de 25% para 27%, a safra 2015/16 de cana nas mais variadas regiões do Brasil tende a crescer ainda mais. Isso porque, enquanto ocorriam as discussões a respeito do novo porcentual, o dólar disparou ante o real e pressionou as cotações internacionais do açúcar.
Até agora, as previsões divulgadas por consultorias especializadas mostram que aproximadamente 57% da oferta de cana será destinada à fabricação do biocombustível no ciclo que começa oficialmente em 1º de abril. A avaliação é de que, com a nova mistura, esse porcentual possa subir um pouco mais e se aproximar dos 60%.
Só neste ano, o dólar acumula valorização de 22% ante a moeda brasileira, ao passo que o açúcar negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) cedeu 14%. Por conta disso, a expectativa é de que as usinas aumentem a produção de etanol, visando a suprir a demanda adicional por anidro, estimada em 1 bilhão de litros.
A mistura de 27% foi decidida pelo Cima (Conselho Interministerial de Açúcar e Álcool) no último dia 04, após meses de negociações com o setor sucroenergético e a indústria automobilística.
O Cima é formado pelos ministérios da Agricultura, Fazenda, Desenvolvimento e Minas e Energia e levou em conta testes feitos pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
A entidade deve terminar no fim deste mês as averiguações de durabilidade para decidir se a mistura pode passar de 25% para 27% também na gasolina premium.
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