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Pesquisadores desenvolveram técnica para identificar rapidamente duas pragas comuns na América do Sul, Chrysodeixis includens e Rachiplusia nu. O método utiliza a reação em cadeia da polimerase (PCR) e permite a distinção entre as espécies por meio de perfis genéticos específicos.
O estudo liderado por cientistas da Corteva Agriscience, no Brasil e nos Estados Unidos, focou na identificação molecular dessas pragas, que são morfologicamente semelhantes em estágio larval. Isso dificulta o reconhecimento no campo e, consequentemente, a adoção de estratégias de controle apropriadas.
A pesquisa baseou-se em variações no gene mitocondrial citocromo c oxidase I (COI), criando iniciadores específicos que identificam cada espécie por tamanhos distintos de amplicons de DNA.
Chrysodeixis includens e Rachiplusia nu causam danos significativos em culturas como soja, girassol, algodão e tomate. A defoliação severa pode resultar em perdas de até 80% da produção.
Apesar de Rachiplusia nu ser historicamente considerada uma praga secundária no Brasil, sua presença crescente em plantações de soja transgênica (Bt) indica mudanças no comportamento populacional e na resistência a inseticidas.
O método molecular desenvolvido elimina a necessidade de criar lagartas até a fase adulta para identificação, técnica anteriormente usada e que demandava tempo e recursos. Além disso, o PCR pode ser realizado em laboratórios padrão, ampliando o acesso à ferramenta.
Os pesquisadores validaram a técnica com amostras coletadas em campos de soja não transgênica no interior de São Paulo.
Dos 19 indivíduos analisados, 16 pertenciam à espécie Rachiplusia nu e três à Chrysodeixis includens, evidenciando a coocorrência de ambas as espécies na área estudada.
De acordo com os cientistas, os testes comprovaram que o método é preciso, rápido e confiável, permitindo decisões mais ágeis no controle de infestações. A diferenciação é crítica, pois cada espécie apresenta suscetibilidades distintas a inseticidas e culturas Bt, exigindo estratégias específicas de manejo.
Mais informações podem ser obtidas em doi.org/10.3390/insects15120969
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