Nutrien anuncia compra a Safra Rica
Apesar de comunicada amplamente hoje, a concentração de mercado ocorreu ano passado; aprovação pelo CADE levou 14 dias
O mercado da soja abriu a semana nessa segunda-feira (30/01) com boas altas, tendo ganhos de até 30 pontos nos principais vencimentos. Além do grão, as altas também aconteceram para os seus derivados, aumentando mais de 1,4%, tanto para o óleo quanto para o farelo. Já a terça feira (31) iniciou com quedas e houve uma correção ao longo do dia que finalizou sem variações, provavelmente devido à falta de informações no mercado para alavancar os preços tanto para cima ou para baixo. Ao longo da quarta-feira (01), o grão apresentou perdas significativas variando até 24 pontos, essa queda possivelmente se deu devido aos futuros do óleo de soja caírem mais de 3% após a divulgação dos EUA de um estoque acima do esperado de petróleo, gasolina e diesel. Na quinta feira (02) o mercado voltou a operar em campos positivos, mas com altas tímidas e durante essa sexta-feira (03) ainda não ocorreram variações significativas, as cotações seguem registrando pequenos ganhos, mas o traders seguem à espera das próximas notícias.
As principais notícias que movimentaram o mercado da soja durante a semana continuaram sendo o clima na América do Sul, onde modelos climáticos apontam clima predominantemente seco para Argentina e grande parte do Sul do Brasil. Essas intempéries climáticas possivelmente têm dado suporte aos preços, unindo ao fato da pouca oferta ainda no Brasil e USA. À medida que o movimento de colheita no Brasil avançar e a oferta de soja no mercado subir, os preços devem ceder, podendo pressionar as cotações.
Outro fator importante para estar atento é a demanda chinesa pós-feriado do Ano Novo Lunar, já que o retorno deste feriado se inicia com perspectivas melhores, uma vez que a nação asiática voltou a cogitar sobre a reabertura de sua economia. Além de não ter mais a política de ‘’zero-Covid’’ no país.
O mês de janeiro já é característico de aparecimentos de ferrugem asiática em alguns pontos do Brasil, entretanto essa safra vem apresentando rápidos aumentos de casos da doença. Já foram realizados aproximadamente 160 relatos da doença em 9 estados brasileiros, na maior parte dos casos em lavouras comerciais na fase de enchimento de grãos. Nessa mesma época, na safra passada, havia apenas 88 relatos, entretanto, as condições climáticas eram diferentes.
Visto isso, lavouras mais atrasadas irão precisar de mais aplicações de fungicidas, já que há um elevado dano em lavouras no estádio vegetativo, floração e formação de vagens.
Tudo isso faz com que os custos da safra 22/23, que já era considerada mais cara que a anterior, aumentem em quase 10% devido a necessidade de mais pulverizações.
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