Mercado Agrícola - 12.dez.2025

As exportações brasileiras de soja seguem aceleradas. A China retomou compras nos Estados Unidos, porém continua levando grandes volumes do Brasil, sustentando o mercado interno e os preços em Chicago. Projeções indicam novos recordes de embarques em dezembro.

A soja negociada da safra atual já alcança 83,4%, pouco abaixo da média de 86%. O volume total vendido, de 143 milhões de toneladas, é o maior já registrado. A safra 2023/24 foi de 171,5 milhões de toneladas. A nova safra, com 96% da área plantada, tem expectativa de produção entre 175 e 180 milhões de toneladas. Lavouras apresentam bom desenvolvimento.

No mercado futuro, contratos em Chicago tentam recuperar os 11 dólares por bushel para janeiro. A moeda americana perdeu força após o Copom manter a Selic em 15% ao ano. O dólar recuou para R$ 5,40, o que favorece exportações agrícolas.

Situação do milho

No milho, a expectativa de exportações maiores pressiona compradores. Há projeções de embarques superiores a 41 milhões de toneladas em dezembro. Mesmo com safra cheia, atraso no plantio da soja deve impactar a entrada da safrinha, o que pode apertar a oferta no mercado interno.

Já foram negociadas 86 milhões de toneladas da safrinha, o equivalente a 75,9% da produção. Ainda restam 27,3 milhões de toneladas no mercado, além de 5 milhões da primeira safra. Lavouras da primeira safra estão em boas condições, especialmente no Paraná, Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul.

Situação do trigo

O trigo segue com mercado calmo. Colheita encerrada e negócios lentos. Cotações variam entre R$ 1.010 e R$ 1.200, com pouca movimentação.

Situação do arroz

O arroz tenta reação pontual, mas mercado segue calmo. Indústrias em manutenção reduzem ritmo. Mais de 30% da safra permanece nas mãos dos produtores. Exportações na primeira semana de dezembro superaram 88 mil toneladas.

Situação do feijão

No feijão, colheita avança em São Paulo e Paraná, com pouca pressão de oferta. Produtores enfrentam dificuldade para comercializar a preços acima de R$ 240. Demanda deve crescer apenas na segunda quinzena de janeiro.

Por Vlamir Brandalizze - @brandalizzeconsulting