Manejos de resistência são úteis para manter a alta produtividade brasileira de algodão

Especialista da Ourofino Agrociência indica rotatividade das soluções para prevenir a resistência de pragas, doenças e plantas daninhas na cultura

12.05.2021 | 20:59 (UTC -3)
Talita Macário

A produção de cotonicultores brasileiros alçou o país à segunda maior potência do segmento na América, atrás apenas dos Estados Unidos. É o que afirma a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), que também indica que, nesta safra, a produtividade será de 1.685,00 por kg/ha. E mesmo que flutuações do mercado externo tenham causado um recuo na projeção de área plantada, há ainda muito potencial a ser estimulado, especialmente com os cuidados adequados, como a rotatividade das soluções e o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Essa é a análise de Lenisson Carvalho, gerente de grandes culturas da Ourofino Agrociência.  

De acordo com as projeções da Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, espera-se que a safra renda um total de 2,49 milhões de toneladas em volume de produção. Mas até atingir esse patamar, os produtores devem se preparar para enfrentar os principais desafios da cultura. “O cultivo do algodão deve envolver o manejo para a prevenção e o combate de pragas, principalmente o bicudo do algodoeiro, a mosca branca, os pulgões e os ácaros”, orienta Carvalho.

Ainda segundo o especialista, a doença ramulária é outra adversidade no campo, assim como as plantas daninhas resistentes, em especial as do tipo pé-de-galinha, capim-amargoso e caruru, que estão oferecendo maiores dificuldades no manejo nas lavouras de algodão. Apesar de todos esses problemas se apresentarem de forma conjunta, o manejo é bastante diverso e, com isso, eficaz.

Quando se trata do bicudo, por exemplo, que se alimenta dos botões florais, além de também ovopositar no local, o uso de inseticidas é recomendado. “São eles que tornam possível evitar a queda desses botões e a consequente redução da produtividade provocada por esses insetos”, diz Carvalho.

Para esse controle e dentro da técnica do MIP, o gerente de grandes culturas da Ourofino Agrociência explica que a empresa conta com o SingularBR. “Ele faz parte do Focus 360, um programa criado pela Ourofino em parceria com pesquisadores e que estabelece as soluções indicadas do portfólio que atendem às necessidades da cultura, inclusive alinhadas às questões climáticas”, conta.

Único fipronil com alta concentração com formulação líquida, o produto de aplicação foliar, no caso do algodão, tem micropartículas para um melhor recobrimento e suspensibilidade do ingrediente ativo na calda. Assim, obtém-se uma melhor uniformidade durante a aplicação, aliada a um amplo espectro de controle. “O momento correto de uso é quando o produtor observa os primeiros adultos na área”, segundo a orientação do especialista.

Para os outros desafios, a Ourofino Agrociência conta com soluções como o AfincoBR, inseticida voltado para controlar a incidência de pulgões, ácaros e mosca branca. Já no manejo de resistência de plantas daninhas, o novo herbicida Off Road e o reimaginado (produto para atender à realidade agrícola brasileira) Templo são indicados, tanto na hora da dessecação quanto no pós-emergência das culturas geneticamente modificadas.

Uma dica do especialista é que, independentemente do tipo de situação a ser administrada nos algodoeiros, é sempre importante adotar o MIP e aproveitar o período de vazio sanitário para reduzir a pressão de pragas para a safra seguinte. “Nessa hora, é imprescindível a destruição de soqueiras de algodão (química ou fisicamente), para a redução do hospedeiro para essas pragas. Vale ainda realizar a rotação de ingredientes ativos, a fim de minimizar a resistência das pragas, doenças e plantas daninhas, isso durante o atual cultivo. Tal cuidado refletirá diretamente no manejo nas safras futuras”, orienta.

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