Inmet prevê trimestre quente e seco no Brasil
Período de agosto a outubro terá chuvas abaixo da média e déficit hídrico em diversas regiões
O Banco do Brasil (BB) encerrou o segundo trimestre de 2025 com uma carteira de crédito agro de R$ 404,9 bilhões. O volume representa alta de 8% em relação ao mesmo período de 2024. O crescimento foi puxado pelas linhas de custeio e investimento rural. No Plano Safra 2024/25, o BB desembolsou R$ 225 bilhões em financiamentos para o setor.
Apesar do avanço no crédito, o banco enfrentou deterioração na qualidade da carteira. A inadimplência acima de 90 dias no segmento agro chegou a 3,49% em junho. O índice contribuiu para elevar o custo do crédito no trimestre, que atingiu R$ 15,9 bilhões, alta de 56,7% em relação ao 1T25. No semestre, o custo somou R$ 26,1 bilhões, com aumento de 59,4% em doze meses.
O banco atribui parte desse aumento à nova norma contábil (Resolução CMN 4.966/21), em vigor desde janeiro. A regra exige maior provisão para perdas esperadas, especialmente em operações com risco elevado, como no caso das inadimplências agravadas pela safra 2024/25 e por recuperações judiciais no setor. Mesmo com garantias robustas, o estoque de operações em atraso pressiona os resultados.
O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no 2T25 foi de R$ 3,8 bilhões, queda de 60,2% em relação ao segundo trimestre de 2024. No semestre, o lucro alcançou R$ 11,2 bilhões. A margem financeira bruta ficou em R$ 25,1 bilhões no trimestre, influenciada pelo aumento das receitas com crédito (+7,6%) e com tesouraria (+13,9%).
A carteira de crédito total do banco somou R$ 1,29 trilhão, com crescimento de 11,2% em doze meses. O crédito para pessoas jurídicas atingiu R$ 468 bilhões (+14,7%), enquanto o crédito para pessoas físicas chegou a R$ 342,6 bilhões (+8,0%).
A inadimplência geral ficou em 4,21%, com índices de 5,59% para pessoas físicas e 4,18% para empresas. O capital principal do banco encerrou junho em 10,97%, mantendo a solidez do balanço.
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