“Para a indústria de defensivos agrícolas, 2014 será um ano de cautela”, afirma Eduardo Daher

20.12.2013 | 21:59 (UTC -3)
Assessoria de Imprensa

Depois de mais um ano de grande crescimento, o agronegócio brasileiro tem visto 2014 como um período que pede cautela. É o que o afirma Eduardo Daher, diretor executivo da Andef – Associação Nacional de Defesa Vegetal. Ele destaca que será um ano movido por grandes desafios e expectativas e aponta que, mesmo com alguns cenários negativos percebidos recentemente na área agrícola, como no caso do algodão, ainda há muita confiança em outras commodities, como a soja, que continuará indo muito bem. “O agro deve, mais uma vez, garantir o saldo balança comercial do país”, acredita.

Daher reforça que as pragas que ameaçam as lavouras brasileiras continuam sendo ponto de preocupação para o setor produtivo. “Saímos de 2013 e entramos em 2014 acelerados pelas pragas exóticas e quarentenárias e, por isso, a palavra cautela resume o próximo ano”, enfatiza o executivo. Para ele, é fundamental que esse tema seja tratado com a seriedade necessária e que sejam oferecidas soluções aos produtores rurais para que garantam sua produtividade na próxima safra. “As ameaças fitossanitárias continuam rondando nossa produção e somente com agilidade do governo, com Ciência e com Educação, é que poderemos combate-las”.

Sobre o que poderia ser um dos grandes desafios para o próximo ano, Daher aponta a formatação e a coalisão de um marco regulatório mais eficiente e mais ágil. “A burocracia dos órgãos regulatórios no Brasil para aprovar novas tecnologias tem sido muito mais lenta do que as pragas que se multiplicam nas lavouras”, destaca.

Mesmo com as grandes dificuldades que cercam o desenvolvimento da produção rural brasileira, o executivo reforça o excelente resultado que o setor vem apresentando ano a ano. Ele lembra que, apesar da retração de 3,5% no PIB do terceiro trimestre deste ano, o agronegócio deve fechar 2013 com alta de 6,5%, demonstrando que o setor continua sendo o grande carro-chefe da economia do Brasil. “Mas, sem estímulo à pesquisa e à inovação, a falta de novas tecnologias que protejam as nossas lavouras - e evitem as perdas na produção - pode continuar sendo um entrave ao desenvolvimento da atividade mais importante para o país”, aponta Daher. Ele enfatiza que há alguns anos o agronegócio tem garantido o crescimento da economia e completa: ´Está evidente que cuidar e investir na produção rural brasileira é defender a soberania nacional´.

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