Fepam define procedimentos para viabilizar produção de substância para controle de lagarta
Com um variado universo de funções, os aplicativos para smartphones e tablets têm sido amplamente utilizados no dia a dia dos profissionais do campo. Essa ferramenta auxilia os produtores na gestão do agronegócio ao orientá-los sobre determinadas práticas agrícolas como, por exemplo, o manejo correto de plantas daninhas nas lavouras.
“Hoje, além de máquinas mais modernas, o administrador rural tem, ao alcance de suas mãos, aplicativos inteligentes que, acessados por dispositivos móveis, possibilitam desde a detecção de pragas até o controle de implementos de forma remota”, explica Maurício Noznica, diretor de Planejamento da Rino Com, agência que desenvolve soluções de comunicação on e off-line.
A Monsanto foi a primeira empresa a pensar em um aplicativo destinado aos produtores brasileiros. Lançado em 2012, o Roundup Ready Plus (RR Plus) informa as melhores práticas agrícolas para manejo de plantas daninhas resistentes ao glifosato, de acordo com a região. O aplicativo também traz a previsão do tempo e as principais cotações agrícolas atualizadas diariamente. O RR Plus é gratuito e está disponível para os sistemas IOS, da Apple, e Android, do Google. Em dois anos, os downloads da ferramenta móvel chegaram a 7 mil.
O RR Plus atende as culturas de soja e milho, e a Monsanto já está trabalhando no desenvolvimento do sistema também para algodão. Ao acessar a ferramenta, o produtor escolhe sua região, o cultivo, o programa necessário (aplicações curativas ou preventivas) e o sistema de rotação de culturas. A partir desses dados, o aplicativo gera um guia de manejo com os herbicidas mais indicados para cada período do ciclo agrícola. As recomendações técnicas estão baseadas em um sistema de controle adequado de plantas daninhas, o que permite ao agricultor aumentar seus ganhos de produtividade.
“A adoção de ferramentas tecnológicas como RR Plus por parte dos produtores aumentou nos últimos anos e deve continuar crescendo. Diversos grandes agricultores, consultores técnicos, distribuidores e empresários do setor já utilizam esse tipo de ferramenta e valorizam a informação transmitida de forma dinâmica e inovadora”, diz Georgia Palermo, gerente de Crop Protection da Monsanto.
O engenheiro agrônomo do Grupo Pitangueiras, Paulo Henrique da Silva, é um dos adeptos dos aplicativos. O profissional utiliza essa ferramenta em sua rotina de trabalho e reconhece as contribuições que ela oferece para o gerenciamento dos negócios dos seus clientes – a empresa distribui produtos agropecuários e presta consultoria para produtores da região de Tibagi, no Paraná, cujas áreas plantadas de soja e milho, juntas, correspondem a 58 mil hectares. “Hoje não existe mais sucesso sem tecnologia. Com essas ferramentas é possível ter maior controle e eficiência sobre os processos e, consequentemente, melhores resultados”, destaca.
Com a utilização do aplicativo, explica Silva, é possível elaborar relatórios que mostram como o manejo deve ser feito, tarefa que não seria tão simples caso o trabalho tivesse que ser realizado manualmente para as grandes áreas de produção. Em sua região de atuação, muitos produtores também aderiram, a tecnologias como o RR Plus e reconhecem os ganhos que elas proporcionam. “O que seria de nós sem a tecnologia? Com essas ferramentas é possível apresentar os resultados baseados nos dados coletados”, diz o engenheiro agrônomo. Os aplicativos também auxiliam na sustentabilidade da produção, observa o diretor de Planejamento da Rino Com. “O produtor adquire novos conhecimentos e contribui com o meio ambiente, já que evita o uso desnecessário de defensivos agrícolas”, acrescenta Noznica.
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