A Fundag – Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola viabilizou a compra de uma máquina lavadora alemã, de última geração, para o laboratório do ‘Quepia’ - Programa IAC de Qualidade de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura. O novo equipamento insere o laboratório, situado na paulista Jundiaí, entre os mais modernos do mundo para testes de lavagem, durabilidade e certificações de qualidade envolvendo vestimentas protetivas agrícolas, as roupas especiais para aplicação de agroquímicos em lavouras.
Conforme o pesquisador científico Hamilton Ramos, coordenador do programa Quepia, o investimento da Fundag na importação da lavadora foi da ordem de R$ 200 mil. Com o equipamento, o laboratório de Jundiaí também ganha uma nova qualificação: passa a aplicar, no Brasil, o conjunto de testes demandado pela norma ISO 6330, específica para análises sobre a vida útil de vestimentas agrícolas, baseada em mais de dez critérios técnicos de lavagem.
Segundo Ramos, a máquina importada terá operação somada à de outro equipamento do gênero, chamado laundrometer, adquirido dois anos atrás, nos ensaios que visam a determinar a vida útil de tecidos hidrorrepelentes. Ele explica que o laundrometer avalia amostras dessas matérias-primas, enquanto o novo equipamento foca na confecção da vestimenta no todo.
“A nova máquina poderá ser utilizada nos testes necessários à emissão do CA (Certificado de Aprovação) para EPI, pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. A lavadora possibilita controle rigoroso de todo o processo de análise de lavagens das vestimentas empregadas na aplicação de agroquímicos”, acrescenta Ramos.
De acordo com Ramos, a integração dos equipamentos reduzirá para quinze minutos um processo técnico de lavagem que atualmente dura cerca de uma hora, um ganho de 75%. “O novo equipamento ampliará a capacidade produtiva do laboratório e da equipe de pesquisadores. Se ocorrer uma alteração oficial na norma ISO 6330, por exemplo, a atualização da máquina será feita automaticamente, por meio de um cartão de informações.”
Ramos informa ainda que quase R$ 1,2 milhão já foram investidos no laboratório de Jundiaí nos últimos anos, por meio de parcerias público-privadas. O local ocupa uma área de 300 metros quadrados. Nele trabalha uma equipe de profissionais especializada na inovação de métodos para avaliar a exposição do trabalhador a agroquímicos e a qualidade de vestimentas protetivas agrícolas. A atuação do laboratório reduziu de 80% para 20%, no Brasil, o índice de reprovação de vestimentas protetivas agrícolas submetidas a testes padronizados pela ISO Internacional.
O Programa IAC-Quepia une o setor privado ao Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Foi criado há 15 anos e empreende dezenas de estudos sobre vestimentas protetivas agrícolas, e luvas de proteção, além de certificar a qualidade desses produtos com o Selo IAC-Quepia, hoje reconhecido como sinônimo de qualidade e de credibilidade para fabricantes de EPI agrícolas.