Cultura do algodão no semiárido é tema de dia de campo no Ceará
O evento, voltado para agricultores, técnicos e estudantes da área de agronomia abordará as diversas etapas do cultivo da fibra
A janela de plantio do algodão para a safra 2019/2020 começa no fim deste mês com os produtores de olho na recuperação dos preços da commodity. Após dois anos de recordes, o presidente da Associação Brasileira de produtores de Algodão (Abrapa), Milton Garbugio, diz esperar uma boa safra em 2020 mas ressalta que o forte crescimento em 2019, que chegou a 28%, faz com que a alta na produção em 2020 não seja tão acentuada.
“Ainda estamos no começo. Tem muita água para passar debaixo da ponte. Vamos ver se as condições de preço andam bem. Se os preços aumentarem, aí a área plantada pode aumentar. Mas as expectativas são boas”, afirma Garbugio.
De acordo com o último levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a projeção é de crescimento tanto em área, alcançando mais de 1,6 milhão de hectares, quanto no volume total esperado, podendo chegar a 2,7 milhões de toneladas de pluma.
O produtor segue apostando na demanda externa pela pluma brasileira. De acordo com Garbugio, a demanda interna brasileira, há anos, permanece abaixo dos 800 milhões de toneladas, e as exportações são a grande aposta dos produtores, devendo chegar a cerca de 2 milhões de toneladas neste ano.
De acordo com Garbugio, Mato Grosso continua a ser o principal estado produtor de algodão do país, com cerca de 70% da produção nacional. Em seguida, vêm Bahia e Goiás.
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