Índice de preços de alimentos da FAO mantém-se estável em março

Houve quedas nos preços de cereais e açúcar

07.04.2025 | 13:39 (UTC -3)
Revista Cultivar

O índice de preços de alimentos da FAO, indicador-chave do comportamento dos preços globais de commodities alimentícias, permaneceu praticamente inalterado em março (comparado ao valor revisado de fevereiro). Houve quedas nos preços de cereais e açúcar, que foram contrabalanceadas pelo aumento significativo nos preços dos óleos vegetais.

Em março, o índice médio foi de 127,1 pontos, 6,9% acima do nível registrado no mesmo mês do ano anterior. No entanto, ele segue 20,7% abaixo do pico observado em março de 2022. O índice acompanha as variações mensais nos preços internacionais de um conjunto de commodities alimentícias amplamente negociadas, refletindo as flutuações nos mercados globais.

O índice de preços dos cereais da FAO registrou uma queda de 2,6% em março e recuou 1,1% em comparação a março de 2024. A diminuição dos preços do trigo foi atribuída à diminuição das preocupações com as condições das colheitas em alguns dos maiores exportadores do Hemisfério Norte.

No entanto, os movimentos cambiais ajudaram a moderar a queda. Os preços globais do milho também apresentaram uma queda em relação a fevereiro, o mesmo acontecendo com os preços do sorgo. Já o índice de preços do arroz caiu 1,7%, impulsionado pela demanda fraca por importações e pela abundância de suprimentos exportáveis.

Por outro lado, o Índice de preços dos óleos vegetais da FAO subiu 3,7% em relação a fevereiro e registrou um aumento de 23,9% em comparação ao ano passado. Os preços de óleos de palma, soja, colza e girassol aumentaram devido à forte demanda global por importações.

O Índice de preços do açúcar caiu 1,6% em março, principalmente devido à sinalização de uma demanda global mais fraca. A recente precipitação em áreas chave de cultivo da cana-de-açúcar no Brasil contribuiu para essa queda. No entanto, as perspectivas de produção do Brasil e a deterioração das expectativas de safra na Índia limitaram a redução nos preços.

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