Utilização de sensores na adubação nitrogenada de cobertura em milho safrinha será mostrada em dia de campo
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está utilizando uma nova ferramenta de computação para a avaliação de risco ambiental (ARA) como requisito para o registro e uso de defensivos no Brasil.
Resultado de um projeto de pesquisa desenvolvido por Embrapa, Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp e Faculdade de Tecnologia (FATEC) de Botucatu, o software ARAquá permite a simulação da contaminação de águas superficiais e subterrâneas, por meio de modelos matemáticos. O programa está disponível para download no site da Embrapa Gestão Territorial (
).
A aplicação de uma ferramenta informatizada permite a integridade dos dados e velocidade no processamento. “O ARAquá é baseado em conhecimento técnico-científico e propiciará ao Ibama mais agilidade e segurança nos processos de avaliação ambiental e registro de defensivos para utilização no território nacional, resguardada a proteção do meio ambiente”, explica Claudio Spadotto, da Embrapa Gestão Territorial.
O software começou a ser desenvolvido durante o estágio do então aluno de graduação da Fatec/ Botucatu Diego Augusto de Campos Moraes, hoje doutorando em Irrigação e Drenagem na FCA. Em seu desenvolvimento, o projeto teve o apoio da equipe do Serviço Técnico de Informática da FCA.
Flexível, o software, além de ajudar na tomada de decisão para verificar se o risco ambiental é ou não aceitável, se adapta às condições do local a ser avaliado, mediante a inserção de dados no sistema pelo próprio usuário.
Baseado em modelos matemáticos e cenários agrícolas, onde o usuário insere os dados do defensivos, do aquífero e do solo do local a ser avaliado, o software faz automaticamente os cálculos de lixiviação e carreamento superficial dos agrotóxicos utilizados na cultura agrícola e que depois podem ir para as águas superficiais e subterrâneas.
A Embrapa continua trabalhando no desenvolvimento do ARAquá. Um projeto da Embrapa Gestão Territorial, também com a colaboração da FCA, busca a evolução do software, chegando a uma nova versão, que se chamará ARAquáGeo. O objetivo é tornar o aplicativo capaz de manipular dados georreferenciados e interpolá-los com ferramentas de geoestatística e sistemas de informação geográfica (SIG).
De acordo com a equipe da Embrapa Gestão Territorial, um avanço significativo no ARAquáGeo é que ele permitirá a espacialização, visualização e análise de mapas temáticos contendo as estimativas de contaminação de águas subterrâneas e superficiais, permitindo a gestão territorial de recursos hídricos, que são estratégicos para o Brasil.
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