Utilização de sensores na adubação nitrogenada de cobertura em milho safrinha será mostrada em dia de campo

15.02.2013 | 21:59 (UTC -3)
Gabriel Faria

A incerteza sobre a quantidade e distribuição de chuvas no final do ciclo do milho safrinha é motivo de dúvida para os agricultores na hora de definir a dosagem da adubacao nitrogenada de cobertura a ser utilizada nas lavouras. O uso de sensores é uma alternativa para melhor dosar e distribuir o nitrogênio na área. A utilização desta tecnologia será apresentada em uma das sete estações do 3º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados, que a Embrapa e a Famato promovem na próxima sexta-feira, dia 22, a partir das 7h30, na Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop (MT).

Os sensores, que podem ser portáteis ou instalados nas máquinas, mostram a quantidade de nitrogênio disponível nas folhas. Com esta informação, eles determinam a dose de adubo que deve ser aplicada em cada área.

“São sensores com os quais você consegue detectar a deficiência de nitrogênio na planta em tempo real, quando eles fazem a leitura e aplicação em uma única operação. É possível também mapear a demanda de nitrogênio espacialmente, gerar mapas e fazer aplicação de acordo com os mapas. Estes sensores também podem ser utilizados fazendo uma leitura média da área e aplicando uniformemente”, explica o pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril Luciano Shiratsuchi.

De acordo com o pesquisador, a tecnologia já é utilizada em vários locais, porém com algoritmos desenvolvidos para condições de milho safra. A Embrapa Agrossilvipastoril já está trabalhando na adaptação para as condições de segunda safra em Mato Grosso. Entretanto, enquanto o novo algoritmo não é disponibilizado, é possível adaptar as indicações das fórmulas já existentes de acordo com as variáveis de chuva. Assim, o produtor pode reduzir custos e até mesmo aumentar sua produtividade.

“A adubação nitrogenada corresponde a cerca de 80% dos custos com fertilizantes na safrinha de milho. A utilização dos sensores permite melhor alocar este nitrogênio, evitando desperdícios em áreas desnecessárias e reforçando a dose onde a demanda é maior”, explica Shiratsuchi.

Além de apresentar os tipos de sensores já disponíveis para os produtores, os participantes do dia de campo poderão ver um experimento que mostra a resposta do milho às diferentes dosagens de nitrogênio.

O 3º Dia de Campo sobre Sistemas Integrados será promovido pela Embrapa Agrossilvipastoril e pela Famato e é fruto de uma parceria entre as duas instituições para a transferência de tecnologia em Mato Grosso. Além da estação temática sobre utilização de sensores no ajuste da adubação nitrogenada de cobertura em milho safrinha, haverá palestras sobre consórcio milho/braquiária e milho/crotalária; cultivares de soja BRS convencionais e transgênicas; cultivares e plantio direto de arroz; cultivo de feijão na safrinha; recomendações para implantação de sistema de integração lavoura-pecuária-floresta (iLPF), sistemas agroflorestais (Safs); impacto para o produtor do novo código florestal; e opções de plantas forrageiras.

O evento é destinado aos agentes de assistência técnica e extensão rural, produtores rurais, estudantes, professores e demais profissionais ligados à produção agropecuária. As inscrições são gratuitas e serão feitas na hora e local do evento.

Divulgação

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

LS Tractor Fevereiro