Iapar orienta plantio da safra de feijão

27.09.2011 | 20:59 (UTC -3)
Lucas Araújo

O produtor paranaense já está plantando a próxima safra de feijão e para que não haja sustos ou prejuízos, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) recomenda cuidados em relação ao período certo de plantio, escolha correta das variedades, tratos culturais e, ainda, na adubação e fertilidade do solo.

De acordo com a pesquisadora Vânia Cirino nas regiões mais quentes do estado, principalmente nas bacias dos rios Paraná e Paranapanema, o plantio da safra das águas está terminando (de julho a setembro). Já na região centro-sul a semeadura está apenas começando e deve terminar apenas em novembro.

Cirino lembra que o respeito ao zoneamento agrícola estabelecido pelo Ministério da Agricultura é básico. “Se o produtor não seguir as determinações, ele não tem acesso ao seguro rural e ainda não pode fazer empréstimos bancários”. Ela salienta que cada município tem uma realidade diferente, portanto, a agricultor precisa ser criterioso. Ainda segundo a pesquisadora, a escolha da variedade mais apropriada às condições de clima e solo é outro passo imprescindível nessa época. Além de registrada no Ministério da Agricultura, a cultivar deve ser selecionada de acordo com o período do ano.

A pesquisadora recomenda neste momento variedades resistentes a doenças, como antraquinose e murcha, à seca e ao calor. “No grupo carioca, sugiro o IAPAR 81 e o IPR Tangará. Já no preto são boas opções o IPR Uirapuru e IPR Tuiuiú”. Para os agricultores que plantam no sistema orgânico, Cirino destaca os benefícios do IPR Gralha. “É uma variedade altamente resistente a doenças, uma característica indispensável para quem escolheu a produção orgânica”. Em relação ao mosaico dourado, doença que acomete o feijoeiro, a pesquisadora faz uma ressalva. “O mosaico ocorre na safra de dezembro a fevereiro nas regiões mais quentes do estado”. Todas as cultivares do Iapar foram desenvolvidas pelo sistema tradicional de melhoramento genético, sem transgenia.

Cirino acrescenta que os tratos culturais também são indispensáveis para um boa safra de feijão. “Aqui ,no Norte do Estado, é preciso fazer um controle rigoroso de insetos, como vaquinha, cigarrinha e ácaro branco, no início do ciclo. Já no final o maior problema é com lagartas e percevejos”, salienta a pesquisadora. Ela ainda diz que dependendo da situação vai ser preciso aplicar produtos químicos. Sobre adubação e fertilidade do solo, ela sugere a colocação de nitrogênio, fosfato e potássio.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

acessar grupo whatsapp
Agritechnica 2025