hEDGEpoint Global Markets traça panorama da safra brasileira 2022/2023 de café

As áreas brasileiras produtoras de arábica receberam chuvas três vezes acima do esperado na última semana, o que gera preocupações

17.08.2022 | 15:14 (UTC -3)
Bruno Cirillo
Cenário atual para o arábica já se traduziu em menores exportações. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
Cenário atual para o arábica já se traduziu em menores exportações. - Foto: Wenderson Araujo/CNA

As áreas brasileiras produtoras de arábica receberam chuvas três vezes acima do esperado na última semana, o que gera preocupações tanto para a oferta 2022/2023 em fase de secagem, quanto para 23/24, com possibilidade de floração prematura, indica a hEDGEpoint Global Markets, especializada em inteligência de mercado, consultoria, gestão de risco e soluções de hedge para commodities agrícolas e de energia.

“A safra 22/23 está atrasada, em termos de fixação e colheita. Atualmente, 45% da safra de arábica foi comercializada, abaixo dos 52% registrados no mesmo período dos ciclos 20/21 e 21/22”, observa a analista de Café da companhia, Natália Gandolphi. “Da mesma forma, a taxa de colheita está em 84% para o arábica, só agora alcançando os níveis de 21/22, mas ainda abaixo do ritmo usual (87%, em média)”, acrescenta.

Consequentemente, o cenário atual para o arábica já se traduziu em menores exportações: os embarques caíram 6% em julho, na comparação anual, para 2,02 milhões de sacas. “Ainda assim, os agentes aguardam as últimas avaliações do campo para identificar os níveis de produção de arábica”, diz a especialista.

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