Plataforma de milho Bravíssima é destaque da Stara na Expointer
Lançamento traz robustez, durabilidade e soluções para aumentar rendimento e reduzir custos na colheita de milho
A produção nacional de feijão depende majoritariamente de grandes lavouras com mais de 50 hectares. Embora representem apenas 0,5% das plantações, essas áreas colhem 75% do total produzido nos principais estados produtores. O dado faz parte de um levantamento da Embrapa Arroz e Feijão, que analisou dados do Censo Agropecuário 2017, publicado em 2023 pelo IBGE.
O estudo concentrou-se nos estados do Paraná, Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Bahia. Foram consideradas duas categorias comerciais: feijão preto e feijões de cor (como carioca, roxinho e mulatinho). A análise dividiu as áreas plantadas em três faixas: lavouras pequenas (menos de cinco hectares), médias (entre cinco e 50 hectares) e grandes (acima de 50 hectares).
As lavouras com menos de cinco hectares representam 97% dos estabelecimentos produtores de feijão no País. Estão presentes em 533,5 mil propriedades rurais. Porém, segundo o socioeconomista da Embrapa, Alcido Wander, a área plantada não reflete o tamanho da propriedade onde o cultivo ocorre. Uma lavoura pequena pode existir dentro de uma grande fazenda.
Apesar do número expressivo de pequenas lavouras, cerca de três mil grandes propriedades produzem mais de 1,2 milhão de toneladas de feijão nos seis estados analisados. Isso representa a maior parte da produção nacional.
A pesquisa mostrou também que 87% do feijão colhido no Brasil é vendido no mercado. Os 13% restantes indicam autoconsumo nas propriedades. No caso das lavouras pequenas, o autoconsumo chega a 59% da produção de feijão de cor e 38% do feijão preto.
Houve uma ressalva metodológica: ao separar feijão de cor e feijão preto, pode ter ocorrido contagem dupla de estabelecimentos que cultivam ambos os tipos. Por isso, o número total de unidades produtoras, estimado em 550,5 mil, pode estar inflado.
Nos últimos dez anos, a produção brasileira oscilou entre 2,5 e 3,4 milhões de toneladas. As importações se mantiveram próximas a 100 mil toneladas anuais. Os estoques de passagem, ao final de cada ano, garantem entre 130 mil e 450 mil toneladas adicionais para o consumo interno.
Wander observou uma queda no consumo aparente per capita. Atualmente, cada brasileiro consome em média 13,2 quilos de feijão por ano. Por outro lado, o Brasil se tornou exportador líquido a partir da safra 2017/18. Em 2023/24, as exportações alcançaram 150 mil toneladas, 22% a mais que há dez anos.
As projeções indicam leve queda na produção nacional até 2032/33, com estimativa de 2,9 milhões de toneladas. O consumo esperado para o mesmo período é de 2,7 milhões de toneladas. As importações podem cair para 65 mil toneladas. Essas previsões, no entanto, dependem da estabilidade das condições atuais, segundo Wander. Mudanças no consumo interno ou nas exportações podem alterar o cenário.
Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura