CNC divulga balanço semanal
Crescimento do setor sucroenergético, inovação tecnológica e sustentabilidade. Esses temas marcaram o 17º Clube da Cana, realizado pela FMC Agricultural Products, nos dias 25 a 27 de outubro, no Hotel Jequitimar, no Guarujá/SP. Mais de 500 pessoas participaram e debateram o mercado, o papel do Brasil nas cadeias agrícolas mundiais, os desafios e o novo ciclo de expansão do setor. Os principais gestores no Negócio Cana do País e especialistas estiveram presentes.
No jantar de abertura, o presidente da FMC Corporation América Latina, Antônio Carlos Zem, deu as boas-vindas aos participantes e abordou o futuro da companhia e a importância do Clube da Cana. “Realizamos esse tradicional evento para adquirirmos e também levarmos aos produtores novos conhecimentos e as tendências do mercado com os principais especialistas, pois nosso objetivo é aproximar e inovar na prestação de serviço, servir nossos clientes em longo prazo e lançar novas tecnologias que tragam conveniência e produtividade para consolidarmos nossa posição de líder no mercado de cana e crescermos cada vez mais nos outros segmentos, atendendo a demanda de todos os produtores do Brasil”, destacou Zem.
No dia 27 (sábado), o diretor Comercial da FMC, Ronaldo Pereira, abordou o tema O Futuro Pede Passagem. “A FMC está pronta para o futuro. É fundamental direcionar os próximos passos para atender a demanda, planejar como encarar o mercado, suas expectativas, estratégias e tendências em benefício ao agronegócio mundial”, destaca Ronaldo Pereira, Diretor Comercial da FMC, durante o 17º Clube da Cana.
O diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Eduardo Leão de Sousa, abordou os Desafios e Oportunidades do Setor Sucroenergético. “O País precisará dobrar a oferta de combustíveis (etanol e gasolina) para atender a demanda em 2020”, afirmou. Segundo ele, para suprir o mercado doméstico e manter 50% de participação mundial, o setor terá que ampliar a produção em 15,7 milhões de toneladas de açúcar. “A moagem de cana-de-açúcar nesta safra será similar àquela observada na safra 2008/2009”, ressaltou Sousa, destacando que, hoje, o Brasil importa, em média, 6 bilhões de litros de gasolina A. Projeta-se que, em 2020, esse valor poderá triplicar.
Sousa ainda explicou que a demanda permanece em fundamentos sólidos: crescimento da frota de veículos flex; novos produtos e novos usos; ampliação do uso do etanol na indústria química; expansão das exportações brasileiras de açúcar. “O consumo global dos biocombustíveis deverá de expandir em função da demanda dos consumidores e da adoção de políticas públicas pró-renováveis”, comentou. “Mas, para que o etanol se transforme em uma commodity global, o acesso aos mercados estrangeiros deve ser estável e previsível, sem políticas públicas distorcidas de comércio (barreiras tarifárias e não-tarifárias).”
O presidente da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), Ismael Perina, comentou sobre os dados comentados pelo diretor da Unica. “Todos os dados só reforçam que precisamos ter um mercado de açúcar cada vez mais pujante”, enfatizou Perina. O mediador desse painel foi o ex-ministro e coordenador do Centro de Estudos Agrícolas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues.
O especialista em temas globais do agronegócio e bioenergia Marcos Jank abordou o papel do Brasil nas cadeias agrícolas mundiais. “Nesses 50 anos, teremos de gerar um volume de alimentos semelhante ao que produzimos nos últimos oito mil anos”. Jank alertou ainda que o século 21 é o começo de uma nova era energética e citou os principais desafios: Diversificar as fontes de energia, produzir mais utilizando menos recursos naturais e reduzir emissões de CO2. O especialista discursou ainda sobre a evolução do consumo no mundo, os maiores importadores de Açúcar como a China, Índia, Indonésia e Rússia, o programa de biocombustíveis no mundo, metas de consumo de combustíveis e as condições atuais dos Impostos Federais e Estaduais no Brasil.
“O Brasil tem a maior oportunidade de crescimento dos últimos tempos, mas precisa de planejamento e organização. Devemos refletir nessa pergunta: como desenvolver cadeias de base agrícola eficientes para alimentar, vestir e fornecer energia para 9 bilhões de pessoas, a grande maioria vivendo em cidades com recursos naturais cada vez mais restritos?”, questionou. Com o apoio da FMC e das principais entidades do agronegócio brasileiro, foi criada a Plataforma Agro+20, que será um esforço em conjunto para estudar o futuro e suas interações como modelos produtivos sustentáveis. “Mais uma iniciativa de fazer uma reflexão do futuro do Brasil”, destaca Jank.
O gerente de produtos do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), Luiz Antônio Dias Paes, falou sobre todos os desafios da cana. “Em função de sua complexidade genética e pequena escala, a cana-de-açúcar tem perdido competitividade para inúmeras outras culturas sucroalcooleiras. O potencial de ganho de produtividade da cultura é excepcional, mas exige investimentos expressivos para elevar a taxa de inovação aportada à indústria, seja no desenvolvimento de novas variedades ou nas tecnologias de segunda geração e há disponibilidade de áreas para cana no Brasil, exigindo adequação de tecnologias.”
Já o diretor do Itaú BBA, Alexandre Enrico S. Fiogliolino fez uma avaliação setorial. “O setor tem imensos desafios pela frente que implicam em atravessar um curto prazo ainda difícil”, comentou. “Porém as perspectivas são imensas para o futuro”, completou. Fiogliolino também ressaltou que o aumento de rendimento através do aumento de eficiência operacional, principalmente agrícola e industrial, são essenciais para a redução de custo. Ele disse ainda que o grande peso no longo prazo para redução de custos está diretamente ligado ao melhoramento genético convencional, a cana transgênica, além do etanol celulósico, aguardado para 2015/2016.
O especialista da Terraplan Agronômica, José Luiz Loriatti Demattê, falou sobre o crescimento horizontal do setor sucroenergético e a expansão, irrigação, distribuição de recursos hídricos, fatores de redução da produtividade, como impacto das alterações climáticas, pragas e doenças, impacto da colheita mecanizada, a questão varietal e estagio médio de corte e a necessidade de variedade para solos de baixa fertilidade.
Os participantes do Clube da Cana puderam visitar os lounges da FMC, Heringer e Case IH e conhecer seus serviços e lançamentos. O lounge da FMC contou com a presença do presidente mundial da FMC Agrícola, Mark Douglas, que abordou tecnologia na agricultura, sinergia mundial da companhia, negócios da FMC Corporation e implantação da Estratégia.
O professor Marcos Fava Neves, da FEA-RP/USP, lançou o livro “DOUTOR AGRO”, que é uma coleção de reflexões feitas em 20 anos de carreira no agronegócio. O livro mostra, de maneira simples e direta, o desenvolvimento do setor mais respeitado do Brasil no mundo, grande promotor da economia brasileira e das exportações, com propostas para ampliar este desenvolvimento e liderança.
Durante o Clube da Cana, a FMC também lançou a Família Green e a embalagem 10L autoempilhável JoinJug, soluções sustentáveis e tecnológicas para facilitar o dia a dia do produtor. A companhia deu continuidade ao Projeto De Cana para Cana, que atua com a bombona Green Jug, embalagem ecológica e pioneira entre as indústrias de defensivos agrícolas. O novo lançamento – Família Green - é uma expansão da produção da embalagem Green Jug para toda linha de produtos FMC. Em 2013, 80% das embalagens dos produtos FMC serão produzidas com fonte 100% renovável a favor do equilíbrio do meio ambiente. Já o Join Jug é um projeto inovador, pois além de ser Green Jug, esta embalagem é autoempilhavel proporcionando otimização no processo de embalagem, diminuição da utilização de pallets e caixas de papelão.
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