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O florescimento nas primeiras horas do dia reduz danos do calor em culturas agrícolas. Pesquisadores da China Agricultural University analisaram registros climáticos globais desde 1850 e reuniram dados de abertura floral de 102 espécies. O grupo identificou o “florescimento no início da manhã” como estratégia eficiente para proteger o processo reprodutivo de temperaturas elevadas.
Os cientistas avaliaram temperaturas horárias dos meses mais quentes em 50 áreas agrícolas de Ásia, África, Europa, Américas. Entre 2004 e 2023, a temperatura máxima diária subiu 1,25 ºC. O período diário acima de 29 ºC avançou 1,08 hora no mesmo intervalo. A África registrou 34 ºC de média de máxima em 2023, enquanto a América do Norte mostrou o ritmo mais rápido de aquecimento e de ampliação de episódios de calor.
A equipe dividiu as espécies em grupos de florescimento matutino, vespertino e noturno. Em cereais, as diferenças foram marcantes. As temperaturas ótimas de abertura das flores atingiram 26,1 ºC no florescimento matutino, 22,3 ºC no grupo do meio do dia e 29,3 ºC no florescimento noturno. Milho e arroz índica abriram flores pela manhã e toleraram limiares mais altos para formação de grãos: 37,5 ºC e 37,4 ºC. O arroz japônica, que floresce ao meio-dia, apresentou limite de 36,7 ºC. Sorgo e milheto, de hábito noturno, alcançaram 38 ºC e 42,4 ºC, respectivamente.
Experimentos controlados reforçaram o efeito de proteção. Variedades de trigo e arroz com florescimento antecipado mantiveram maior proporção de grãos sob calor. No milho, a polinização realizada nas primeiras horas elevou a taxa de pegamento quando a temperatura máxima atingiu 40 ºC. Esses resultados apontam o deslocamento da antese para horários mais amenos como mecanismo eficaz de escape térmico.
Os pesquisadores identificaram ainda genes que regulam o horário de abertura das flores. Em arroz, genes como OsMYB8 e EMF1 modulam a estrutura da parede celular das lodículas e ajustam o momento da abertura. Homólogos desses genes aparecem em mais de 60 espécies, o que indica potencial de uso amplo no melhoramento genético para calor.
Outras informações em doi.org/10.48130/seedbio-0025-0013
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