Nova recomendação da pesquisa reduz 70% dos custos com adubação do cajueiro-anão
Atualização substitui protocolo de 25 anos e ajusta o uso de nutrientes às reais necessidades do pomar, resultando em uma produção mais sustentável
O Brasil ampliou as importações de fertilizantes e registrou novo avanço da participação chinesa nas vendas ao país. De janeiro a outubro, as compras somaram 38,3 milhões de toneladas, alta de 4,6% frente ao mesmo período de 2024. A China ultrapassou a Rússia e passou a liderar o fornecimento, impulsionada pelo aumento das exportações de Sulfato de Amônio (SAM) e formulações NPs. As informações constam em relatório da CNA.
O mercado interno opera com demanda enfraquecida. Índia, Estados Unidos e Brasil reduzem o ímpeto por novas negociações. Essa retração sustenta a tendência de preços estáveis ou em queda. A ureia custa R$ 3.445 por tonelada, o MAP R$ 4.899, o SSP R$ 2.091 e o KCl R$ 2.880.
O ritmo de entregas no país supera o observado em 2024. Até agosto, chegaram 30,5 milhões de toneladas, avanço de 9%. A CNA projeta volume recorde em 2025. O atraso nas compras no Rio Grande do Sul pode influenciar o resultado final. Em 2026, mesmo com desafios de rentabilidade e crédito, o produtor deve manter o investimento nas lavouras.
A oferta chinesa cresce em velocidade elevada. As importações saltaram de 9,72 milhões de toneladas em 2024 para 9,76 milhões em 2025. O movimento gerou filas no Porto de Paranaguá. Os navios aguardaram até 60 dias para descarregar. O acúmulo pressionou a capacidade operacional e elevou custos e demurrage.
No mercado doméstico, os nitrogenados seguem voláteis. A compra anunciada pela Índia interrompeu a queda da ureia e trouxe pressão altista. A demanda cautelosa estimula a substituição por SAM. Nos fosfatados, o MAP recua, mas as relações de troca ainda travam novas compras. Nos potássicos, a oferta limitada no Brasil sustenta preços firmes.
As relações de troca mostram perda de poder de compra em várias culturas. A soja enfrenta condições menos favoráveis para aquisição de KCl. O algodão mantém cenário negativo, afetado pelos fosfatados ainda caros. O milho melhora a troca com SAM e registra avanço na ureia. O café permanece como exceção e apresenta ganho consistente ao produtor.
Nos pesticidas, as lavouras de soja impulsionam aumentos pontuais nos fungicidas. O índice geral de preços caiu para 83,1 pontos em novembro, ante picos acima de 140 registrados nos últimos anos. O produto com maior alta mensal é a combinação de protioconazol e trifloxistrobina, enquanto glifosato WG e 2,4-D recuam.
A CNA aponta que, mesmo com estabilidade recente, o mercado segue atento ao comportamento dos estoques globais e às próximas licitações indianas. A nova cota de exportação da China também influencia a oferta internacional e adiciona volatilidade ao curto prazo.
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