Exportações do agronegócio batem recorde no semestre com alta de 4,5%

Em junho, as exportações somaram US$ 15,54 bilhões

14.07.2023 | 17:34 (UTC -3)
Mapa, edição Cultivar

No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de produtos do agronegócio alcançaram o valor recorde de US$ 82,80 bilhões, crescimento de 4,5% na comparação com o primeiro semestre de 2022 (US$ 79,24 bilhões). O aumento no índice de quantum (+8%) foi responsável pelo maior valor da série histórica, uma vez que o índice de preços caiu 3,2% no período.

Em junho, as exportações do agronegócio alcançaram US$ 15,54 bilhões, recuo de 0,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior (US$ 15,62 bilhões), apesar de diversos recordes observados em soja em grãos (valor e quantidade), açúcar de cana em bruto (valor), carnes bovina e de frango in natura (recordes em quantidade) e celulose (recorde em quantidade).

Segundo análise da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa), este cenário é explicado pela forte queda do índice de preços das nossas exportações no mês (-12,9%), que reduziu levemente o valor mensal relativo a junho de 2022, mesmo com alta expressiva do índice de quantum (+14,2%).

Acumulado de janeiro a junho

De acordo com os analistas da SCRI, o crescimento nas exportações de soja em grãos foi o que mais contribuiu para a expansão nas vendas do agro de janeiro a junho de 2023, com US$ 2,88 bilhões acima do que foi registrado no ano anterior.

Outros dois produtos cujas vendas cresceram mais de US$ 1 bilhão foram milho (+US$ 1,58 bilhão) e açúcar de cana em bruto (+US$ 1,20 bilhão). Por outro lado, cabe ressaltar a queda nas exportações de carne bovina in natura (-US$ 1,26 bilhão) e café verde (-US$ 1,04 bilhão).

Apesar de a China ter se mantido como principal destino da carne bovina in natura (59,8% de participação em valor), a queda expressiva ainda reflete a suspensão ocorrida no início de 2023, além da queda nos preços médios de vendas (-25,3%).

Já o volume menor embarcado de café está relacionado à baixa disponibilidade interna em função da colheita ainda se encontrar em fase inicial.

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