Exportações de soja e milho variam em performance em junho

Enquanto as de soja experimentam desaceleração diante da queda dos preços e do cenário econômico incerto, as exportações de milho registram aumento devido a transações antecipadas e valorização dos prêmios de exportação

22.07.2023 | 11:02 (UTC -3)
Cultivar, com informações Conab

No mês de junho de 2023, as exportações brasileiras de soja apresentaram uma marca de 13,77 milhões de toneladas, em comparação às 15,59 milhões de toneladas registradas no mês anterior e aos 10 milhões de toneladas no mesmo período de 2022. As informações são da Conab. Esse declínio na quantidade exportada reflete a desaceleração da atividade de vendas, resultante da queda dos preços do mercado. Com isso, muitos produtores optaram por segurar a oleaginosa, esperando um cenário econômico mais favorável no futuro.

Na Bolsa de Chicago, mesmo com incertezas sobre a safra americana devido às condições climáticas, há uma expectativa de estabilização do mercado. Os preços projetados para a próxima safra são mais baixos do que os do ano anterior, um fenômeno impulsionado pelas complicações nas negociações atuais com a Rússia, que decidiu suspender o acordo de exportação de cereais pelo Mar Negro.

No cenário interno, segundo a Conab, a ampla oferta da oleaginosa brasileira desta safra, combinada com a queda do dólar em relação ao real e com a tendência negativa dos prêmios de exportação, contribuem para um quadro mais desafiador no mercado brasileiro de soja.

Por outro lado, em relação ao milho, o Brasil exportou 1,03 milhão de toneladas em junho de 2023, número superior ao 0,38 milhão de toneladas de maio e ao 0,99 milhão de toneladas do mesmo período do ano anterior. Esse aumento se deve, em grande parte, a transações realizadas de maneira antecipada.

Informações recém-divulgadas pela Conab indicam que esse aumento também está ligado aos prêmios de exportação, que têm experimentado uma rápida valorização no mercado brasileiro. Espera-se que esses valores continuem subindo até o final do ano, principalmente devido ao atraso na colheita na América do Sul, que foi exacerbado pelas chuvas recentes. Projeções indicam que a colheita da segunda safra de milho do Paraguai será a mais tardia em onze anos.

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