Expodireto Cortrijal 2013 - Emater/RS-Ascar prioriza sucessão rural e agroindústria familiar

26.02.2013 | 20:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

Um problema que compromete a produção de alimentos no país e ameaça elevar a inflação - a falta de mão de obra no campo -, estará na agenda durante a Expodireto Cotrijal. A Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e Cotrijal, leva para o seu Espaço da Família Rural, dois temas: a Sucessão Rural e a Agroindústria Familiar.

“Vamos mostrar um conjunto de práticas que justificam a permanência dos jovens nas propriedades, com qualidade de vida”, disse o presidente da Instituição, Lino De David. Segundo De David, há falta de jovens em aproximadamente 31% das propriedades rurais gaúchas.

Para frear a evasão dos jovens rurais, a Emater/RS-Ascar será propositiva em suas oito parcelas, além da Cozinha Didática, Recanto Temático e Pavilhão da Agricultura Familiar.

Desenvolvido pela Emater/RS-Ascar, Cotrijal, secretarias de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) e da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (SEAPA), Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf/Sul) e Via Campesina, o Pavilhão da Agricultura Familiar contará com 150 estandes, sendo 88 para o setor da agroindústria, 52 para o artesanato e 10 para flores e folhagens.

A abertura oficial do Pavilhão, com a presença de autoridades, será na segunda-feira (4/3), às 15h, na Praça da Alimentação. A expectativa é que 100 mil pessoas circulem pelo local nos cinco dias de feira. O volume de negócios dos expositores familiares deve chegar a R$ 500 mil.

O Pavilhão da Agricultura Familiar foi criado em 2008, com o intuito de fortalecer a comercialização dos produtos da agricultura familiar. A participação do número de expositores no Pavilhão cresce visivelmente.

Gráfico - Evolução da ocupação do espaço no pavilhão

Em 2008 havia 78 estandes, sendo 50 destinados a agroindústrias e 28, ao artesanato, beneficiando 600 famílias. Houve um crescimento notório de expositores, público e comercialização, quando comparado ao ano de 2012, quando passou para 146 estandes, sendo 50 para o artesanato, 15 destinados a flores e folhagens, e 81 para as agroindústrias, beneficiando cerca de 800 famílias e sendo comercializados mais de R$ 465.000,00. Em cinco edições, os negócios no Pavilhão tiveram um aumento de 282%.

Na cozinha didática, o tema central deste ano será o aproveitamento da batata. As receitas de esfirra de batata, pão de ló, bolas de purê com frango, bolo salgado e pão de batata exemplificam as potencialidades das diferentes variedades deste tubérculo, rico em amido e um importante carboidrato, considerado a terceira fonte de alimento do mundo. As Oficinas de Receitas com Batata serão realizadas todos os dias às 10h, 13h30min e 15h.

Com o tema “(Re)Encontro: ser humano e natureza”, o espaço Recanto Temático da Expodireto Cotrijal 2013 apresentará as interações de interdependência que ocorrem no meio ambiente entre o ser humano, a cultura e a natureza. A proposta foi construída por intermédio do Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (GESP), de Passo Fundo, e será desenvolvida juntamente com a Emater/RS-Ascar, Cotrijal, Universidade de Passo Fundo (UPF), 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar, agência Nucleocom Inteligência em Comunicação e Gardem Vale Natural.

Para mostrar a viabilidade econômica do turismo de aventura e do ecoturismo nas propriedades rurais, a Emater/RS-Ascar vai levar o visitante da Expodireto Cotrijal às alturas. A Instituição apresenta os fundamentos do arvorismo. O projeto elaborado a partir da experiência de alpinistas contempla o passeio por quatro pontes suspensas, intercaladas por plataformas de madeira construídas ao redor de troncos de árvores, e com a descida pela tirolesa. Durante a Expodireto Cotrijal, no entanto, a tarefa de guiar as pessoas com os devidos equipamentos de segurança estará sob a responsabilidade da empresa Eco Parque – Cia Aventura, de Nova Roma do Sul.

O espaço do Turismo Rural também contempla a divulgação de cinco roteiros turísticos no meio rural dos municípios Victor Graeff, Quinze de Novembro, Passo Fundo, Marau e Machadinho. Esses roteiros foram construídos com orientação da Emater/RS-Ascar e serão divulgados na Feira pelos próprios agricultores familiares, que integram o projeto.

Ana, Cristal, Clara, Elisa, as quatro variedades de batatas desenvolvidas pela Embrapa não são as únicas estrelas desta parcela. A abóbora-estrela (cucúrbita pepo), usada tanto para alimentação como para ornamentação, e o chuchu-porongo – variedade de porongo que, quando imaturo pode ser consumido cozido, representam um patrimônio genético e cultural, preservado por agricultores familiares e pelo Banco de Germoplasma da Embrapa Clima Temperado. Essas hortaliças fazem companhia às pimentas doces, mandioca, melão, melancia e tomate, além do pomar.

A produção de carvão vegetal, desbaste de eucalipto, um pomar com frutas nativas e cosméticos feitos a partir de erva-mate são alguns dos temas que serão abordados na parcela Florestas Comerciais. O espaço prevê ainda a divulgação do sistema agroflorestal da acácia negra e da erva-mate, com demonstração de equipamentos como a tesoura mecânica, tesoura manual, serrote e poncho. Dentre as técnicas abordadas, destaque para a desrama de pinus e a amostragem de maravalha de pinus, usada nas cadeias da avicultura, suinocultura e, também, em haras. Uma serraria móvel para desdobro da madeira em pequenas propriedades rurais estará em funcionamento.

A produção de carvão vegetal em fornos com extração de ácido pirolenhoso é considerado uma técnica que reduz a emissão de fumaça na atmosfera. Esse modelo também será apresentado na parcela.

O cultivo e o artesanato feito de bambu-chinês e de porongo também estarão em evidência no local, que vai mostrar ainda a produção de mudas florestais nativas e exóticas, e a produção de mel em bosque de eucalipto. Haverá, ainda, degustação de chá de erva-mate e de chimarrão feito com a erva-mate Cambona 4.

Planejamento, gestão, motivação, sucesso x descaso, falta de projetos, de capricho e de êxito. Através de peça teatral, serão comparadas duas propriedades, retratos fieis dos diferentes temperamentos e atitudes de seus donos. Uma delas é diversificada e planejada pelos pais e filhos, enquanto a outra é administrada por agricultores desmotivados e avessos a mudanças.

Esta parcela vai enfocar o plantio de pastagens, com mudas em bandejas, silagem, aproveitamento de ração, destino adequado dos dejetos e gestão ambiental da propriedade. Todas essas ações almejam reduzir o esforço físico de quem ordenha as vacas, aumentar a qualidade e a produtividade de leite e, acima de tudo, gerar mais renda e bem-estar no campo. O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do país (3,8 bilhões litros/ano), atrás apenas de Minas Gerais. A atividade leiteira é apontada como uma das mais rentáveis ao pequeno agricultor.

Um dos mais qualificados do Rio Grande do Sul, o Horto de Plantas Bioativas, instalado no espaço da Emater/rS-Ascar na Expodireto, traz este ano o tema Inclusão Social e a Geração de Renda. Três famílias da localidade Santa Gema, que produzem plantas bioativas com fins comerciais no interior de Passo Fundo, irão socializar suas experiências sobre produção, industrialização e comercialização e sobre a participação dos jovens no processo sucessório da atividade. Destaque para os filhos que ajudam no negócio. No local encontram-se, aproximadamente, 100 espécies entre ornamentais, condimentares, medicinais, aromáticas e tóxicas. As Oficinas – relatos dos agricultores e visita orientada ao horto -, ocorrerão pela manhã, às 9h e 11h, e à tarde, às 14h e 16h.

Um ambiente propício para fungos, insetos e roedores, os grãos desprotegidos perdem a qualidade e o valor de mercado. A solução apresentada pela Emater/RS-Ascar nesta parcela chama-se silo secador de alvenaria. Passo a passo, o agricultor verá como construir, com pouco dinheiro, um silo secador. Outra novidade desta parcela é o serviço de classificação de grãos que a Gerência de Classificação e Certificação da Emater/RS-Ascar presta no Estado.

O espaço destinado para a piscicultura vai demonstrar a tecnologia de produção, o processamento do peixe (insensibilização, sangria e corte) e o abastecimento do mercado consumidor (local, regional e institucional), abordando o peixe na alimentação escolar. Serão apresentadas três maneiras “caseiras” de oxigenar a água: queda livre com chuveiro, queda livre com calha e uso da motobomba. Haverá exposição de alevinos e divulgação dos cursos de Processamento Artesanal de Pescado, oferecidos aos agricultores no Estado pelos Centros de Treinamento da Emater/RS-Ascar. As oficinas com demonstrações de processamento artesanal de pescado ocorrerão pela manhã, às 10h30min, e à tarde, às 15h30min

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