Crítica literária e recursos hídricos e agricultura são os temas escolhidos para Prêmio Fundação Bunge 2013
Um projeto que visa a produção de etanol na Bahia pode reduzir a sua importação para consumo interno e impulsionar o desenvolvimento de municípios da região semiárida. Esta é a proposta de investidores internacionais, que se reuniram na manhã desta segunda-feira (25), no gabinete do secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura, Eduardo Salles, com o superintendente estadual do Banco do Nordeste, Jorge Bagdeve, a agente de desenvolvimento do banco, Yéda Brito e a gerente executiva do BNB, Daniela Graciane.
De acordo com os investidores, que preferem não divulgar seus nomes, o projeto terá grande impacto para a Bahia, pois serão produzidos 412 milhões de litros de etanol e 400 mil toneladas de açúcar, em 10 anos. O estado consome aproximadamente 600 milhões de litros e produz cerca de 100 milhões, tendo que importar o etanol de outros estados. Com a implantação do projeto, a Bahia se aproximará da autossuficiência, além de estar prevista a geração de 15 mil empregos diretos e indiretos, o projeto contempla investimento de 9 mil hectares para produção de alimento, com o envolvimento de agricultores familiares e assentados e haverá aplicação de recurso destinado a programas habitacionais, qualificação de mão de obra, saúde, dentre outros.
O superintendente estadual do BNB, Jorge Bagdeve Informou que o projeto tem características diferenciais que o torna atrativo para o banco e considerou importante o investimento em uma região carente, onde Barra está inserida. “O BNB tem uma linha de crédito específica e favorável para o que está sendo proposto, que é Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)”, destacou.
O secretário pontuou que a Bahia é um estado deficitário na produção do etanol e a cana irrigada tem grande potencial para a atividade. “Os entendimentos estão avançando para que o estado consiga consolidar a atração desse investimento para o município de Barra. O que nós queremos é a integração da lavoura com a agroindústria, gerar emprego e renda para a população, agregar valor ao produto e proporcionar condições de fixar o homem no campo”, disse.
Os investidores ainda têm a seu favor, o decreto estadual nº 9.076 de 27 de abril de 2004, que institui o Programa para o Desenvolvimento do Pólo Sucro-alcooleiro do Médio São Francisco, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento de áreas potenciais para o agro-negócio sucro-alcooleiro, na região do médio São Francisco.
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