Ex-presidente da Embrapa discute gestão da água na agricultura com especialistas de 34 países

22.06.2012 | 20:59 (UTC -3)
Joana Silva

As estimativas para o uso da água na agricultura giram em torno de 70% mas, com bom manejo do solo, esse percentual pode reduzir significativamente a quantidade para a produção de grãos. Apontar alternativas como esta é o que o pesquisador e ex-presidente da Embrapa, Silvio Crestana, pretende fazer no simpósio internacional “Aperfeiçoando a Gestão da Recursos Hídricos em um Mundo em Transformação”.

O pesquisador será relator do painel 2, cujo tema é “Mais com menos: gestão da água na agricultura”, e no qual estão palestrantes da Índia, Cuba e França, além do Brasil. O encontro é organizado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) e acontece no âmbito da Cátedra Unesco Memorial da América Latina, em São Paulo, no período de 25 a 28 de junho.

O objetivo principal é promover a troca de experiências entre Academias de diferentes regiões do mundo sobre o gerenciamento de recursos hídricos e os desafios científicos para tal administração. Dele participam representantes de 34 países, entre os quais, Cuba, Uganda, Alemanha, África do Sul, Bolívia, Jordânia, Malásia, China, Armênia, Israel e Rússia.

Neste semestre, a Cátedra Unesco Memorial abordou o tema “Gerenciamento Integrado de Recursos Hídricos para a América Latina”. As atividades foram coordenadas pelo professor José Galizia Tundisi, presidente do Instituto Internacional de Ecologia (São Carlos – SP), um dos maiores especialistas brasileiros no problema da gestão racional dos recursos hídricos mundiais. Esse seminário encerra o ciclo.

A Academia Brasileira de Ciência está propondo, no simpósio, melhorar a capacidade de gestão da água num mundo de mudança para aumentar o acesso global à água e saneamento, assim como vem fazendo academias de ciência ao redor do mundo. Desde 2006, o Inter Academy Panel (IAP) - uma rede global de academias de ciência do mundo – vem organizando várias oficinas regionais, reunindo especialistas em água de mais de 60 países.

A criação de academias de ciência é uma parte das contribuições para ajudar a lidar com os sete alvos da Meta de Desenvolvimento do Milênio: reduzir pela metade o número de pessoas sem acesso à água potável e saneamento básico até o ano de 2015. De acordo com dados do relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e Organização Mundial da Saúde, ainda há 780 milhões de pessoas no mundo sem acesso a uma fonte de água melhorada de água potável.

Compartilhar

Newsletter Cultivar

Receba por e-mail as últimas notícias sobre agricultura

LS Tractor Fevereiro