Caem exportações e produção de tratores italianos
FederUnacoma aponta queda de 15,1% nas exportações e retração de 14,5% na produção nacional de máquinas agrícolas em 2024
Em 2024, o cultivo de milho nos Estados Unidos gerou um impacto econômico total de US$ 123,2 bilhões. O número representa cerca de 0,17% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, segundo estudo da National Corn Growers Association (NCGA). Com 14,9 bilhões de bushels colhidos e valor de produção estimado em US$ 64,7 bilhões, a atividade fortalece comunidades rurais e mantém viva uma complexa cadeia econômica.
Ao todo, a cadeia produtiva do milho sustenta 441 mil postos de trabalho. São vagas diretas nas lavouras, empregos nos fornecedores e ocupações geradas pelo consumo das famílias ligadas ao setor. A soma dos salários e rendas distribuídas ultrapassa os US$ 28 bilhões. O fisco arrecada US$ 7,3 bilhões em tributos.
O estudo contabiliza também os efeitos indiretos e induzidos do milho. Indústrias de fertilizantes, combustíveis, máquinas, transporte, finanças e seguros, por exemplo, somam US$ 36,1 bilhões em produção. Gastos domésticos de trabalhadores ligados ao milho injetam outros US$ 22,4 bilhões na economia.
Illinois aparece como o segundo maior contribuinte para o impacto total: US$ 18,56 bilhões, com 61,9 mil empregos. Iowa lidera em volume de produção, gerando US$ 19,26 bilhões em impacto e sustentando 51,2 mil vagas. Nebraska contribui com US$ 13,2 bilhões e 27,5 mil empregos.
Kenneth Hartman Jr., presidente da NCGA e produtor de Illinois, afirma que o potencial da cadeia poderia ser ainda maior. Para isso, seria preciso liberar a venda permanente de combustíveis com 15% de etanol e abrir novos mercados internacionais para o milho americano.
A NCGA defende a aprovação de uma legislação no Congresso que permita a venda de E15 durante todo o ano. Também atua para que créditos fiscais beneficiem o uso de etanol na aviação. Hartman destaca: “o valor econômico do milho poderia crescer se os agricultores tivessem acesso total ao mercado de biocombustíveis e ao comércio exterior”.
O cultivo impacta diretamente ou indiretamente 506 setores em todos os 50 estados. Só o setor agrícola movimenta US$ 70,4 bilhões. Comércio atacadista (US$ 8,6 bilhões), imóveis (US$ 6,8 bilhões), manufatura (US$ 6,6 bilhões) e finanças (US$ 4,9 bilhões) completam o topo da lista.
Até estados com pouca produção, como Califórnia, sentem os efeitos do milho. Lá, o impacto chega a US$ 3,6 bilhões — graças à força das indústrias de imóveis e seguros, que absorvem os efeitos indiretos do cultivo em outras regiões.
Em julho, líderes estaduais e nacionais da NCGA visitarão gabinetes no Congresso para pressionar pela aprovação de suas pautas. O objetivo é garantir que o milho mantenha sua função de motor econômico e ganhe novas vias de expansão.
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