Estudo revela como plantas sem clorofila sobrevivem e reproduzem-se

Pesquisa mostra redução extrema do genoma e uso da reprodução assexuada como estratégia evolutiva

15.12.2025 | 10:39 (UTC -3)
Revista Cultivar
Espécies de <i>Balanophora</i> são plantas parasitas que vivem no subsolo e emergem acima do solo apenas durante a época de floração - Foto:&nbsp;Kobe University
Espécies de Balanophora são plantas parasitas que vivem no subsolo e emergem acima do solo apenas durante a época de floração - Foto: Kobe University

Plantas parasitas sem clorofila e, em alguns casos, sem reprodução sexual desafiam conceitos clássicos da botânica. Estudo analisou espécies do gênero Balanophora e mostrou como esses organismos evoluíram, mantiveram funções metabólicas e expandiram sua presença em ilhas do Leste Asiático.

Balanophora vivem quase todo o ciclo sob o solo. Dependem das raízes de outras plantas para obter nutrientes. Emergiram como modelo extremo de parasitismo vegetal. A pesquisa integrou filogenia, genômica de plastídios e ecologia reprodutiva, combinação inédita para o grupo.

Os cientistas identificaram plastídios com genomas muito reduzidos, entre 14 e 16 kb. A perda ocorreu antes da diversificação das espécies. Mesmo sem fotossíntese, os plastídios permaneceram ativos no metabolismo. Mais de 700 proteínas codificadas no núcleo celular seguiram direcionadas a essa organela. O conjunto manteve rotas para síntese de aminoácidos, ácidos graxos e riboflavina.

A análise filogenômica indicou múltiplas origens independentes da agamospermia obrigatória, forma de reprodução assexuada por sementes. Esse mecanismo favoreceu a colonização de arquipélagos do Japão até Taiwan. A estratégia garantiu descendência mesmo na ausência de polinizadores ou plantas parceiras.

Outras informações em doi.org/10.1111/nph.70761

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