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Estudo de pesquisadores da Universidade de Nanquim e da Syngenta avaliou a eficácia do fungicida isopirazam (isopyrazam) contra Rhizoctonia solani. Foram reunidos 113 isolados do fungo em cinco províncias da China. Os resultados indicaram que a resistência ao fungicida apresenta risco de baixo a moderado.
Os isolados de R. solani apresentaram valores de EC50 entre 0,0018 e 0,0336 microgramas por mililitro, com média de 0,0101 microgramas por mililitro. O fungo não mostrou resistência natural ao isopirazam. A curva de sensibilidade foi unimodal, o que reforça a eficácia inicial do produto.
Pesquisadores geraram mutantes resistentes por meio de mutagênese ultravioleta. Dez linhagens apresentaram resistência, sendo duas altamente resistentes, seis moderadas e duas de baixo nível.
Apesar disso, os mutantes revelaram desvantagens biológicas. A taxa de crescimento micelial e a capacidade de causar doença em arroz reduziram de forma significativa em comparação com as linhagens originais.
Os mutantes resistentes cresceram mais devagar em diferentes meios de cultura e produziram menos biomassa. Em ensaios de patogenicidade, as lesões provocadas nos colmos foram menores.
O índice de aptidão composto, que mede competitividade, também caiu. Esses resultados sugerem que mesmo com resistência induzida, as variantes perdem força no campo.
A pesquisa verificou relação positiva de resistência cruzada entre isopirazam e thifluzamide, outro fungicida do grupo SDHI. No entanto, não ocorreu resistência cruzada com produtos de outros mecanismos de ação, como prochloraz, tebuconazole, carbendazim, azoxystrobin e jinggangmycin. Isso indica que a rotação de fungicidas com diferentes modos de ação pode retardar a seleção de mutantes.
A análise genética mostrou duas alterações associadas à resistência. Uma substituição no gene SDHB (H249L) levou a resistência moderada. Outra mutação, no gene SDHC (I78F), apareceu em mutantes de resistência moderada a alta.
Esse segundo ponto de mutação não havia sido descrito antes. Modelos de acoplamento molecular confirmaram que ambas reduzem a afinidade entre o fungicida e a enzima alvo, o complexo succinato desidrogenase.
Apesar da geração de mutantes resistentes em laboratório, o risco de resistência no campo foi considerado de baixo a moderado. O estudo destaca que a adoção de estratégias de manejo, como alternar fungicidas de diferentes grupos químicos, pode prolongar a vida útil do isopyrazam.
Outras informações em doi.org/10.1016/j.pestbp.2025.106674
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