Encontro reúne especialistas para planejamento de ações no controle e prevenção de parasitoses na bovinocultura e ovinocultura do Rio Grande do Sul

30.11.2012 | 21:59 (UTC -3)
Fonte: Assessoria de Imprensa

Especialistas em parasitologia de diferentes instituições do Rio Grande do Sul estiveram reunidos nesta semana na Embrapa Pecuária Sul, em Bagé, para discutir ações conjuntas para o controle e prevenção de parasitoses nos rebanhos de bovinos e ovinos no estado. O workshop, organizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) e da Embrapa Pecuária Sul nos dias 27 e 28, teve como objetivo coordenar e organizar esforços para combater as doenças provocadas por parasitos, responsáveis por muitos prejuízos pra os produtores e para a economia do estado.

Segundo o coordenador do Serviço de Doenças Parasitárias da Seapa, Ivo Kohek, o Rio Grande do Sul já teve um trabalho mais consistente nesta área, de forma integrada e eficaz. Porém, de acordo com ele, nos últimos anos o controle e a prevenção das parasitoses foi deixada de lado. “Mesmo em virtude de questões de mercado, a preocupação maior do governo foi em relação às doenças infecciosas. Mas, agora precisamos retomar este trabalho, mesmo porque as perdas causadas pelas doenças parasitárias são bem significativas”, ressaltou. Já o Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Pecuária Sul, Daniel Montardo, salientou a necessidade de reorganizar redes de trabalho mais efetivas na área, tanto na pesquisa, como também na transferência de tecnologia e assistência técnica rural.

Como resultado do encontro foram encaminhadas uma série de ações para o início deste esforço conjunto para atenuar os problemas causados por parasitos em bovinos e ovinos. Uma destas ações foi a criação de quatro grandes grupos temáticos para trabalhar nas doenças de maior relevância: tristeza bovina parasitária, hidatitose, sarna e helmintos. Estes grupos vão fazer reuniões temáticas para sugerir e propor ações de prevenção e controle para cada um destas parasitoses.

Outras ações também foram sugeridas durante o workshop. Entre elas destacam-se: o desenvolvimento de projetos ou atividades para o levantamento do impacto econômico e geoprocessamento das parasitoses no RS; inserir representantes do grupo de doenças parasitárias nas câmaras setoriais (carne e ovinos) para fortalecer o grupo e justificar a inserção de atividades de transferência de tecnologia e treinamento de técnicos (públicos e privados) nessas cadeias produtivas; capacitar mão de obra no campo, para colocar em prática as técnicas e ferramentas já validadas, entre outras.

Para o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Alessandro Pelegrine Minho, o encontro foi uma ótima oportunidade para a criação de uma rede que efetivamente atue no controle e prevenção de parasitoses. “O estado conta com ótimos especialistas na área e o trabalho conjunto fortalece a criação de políticas públicas e ações que realmente atuem de forma decisiva nestes que são problemas que precisam ser enfrentados”, disse. Além das duas instituições organizadoras, participaram do encontro representantes da Fepagro, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da Universidade Federal de Santa Maria, da Emater, da Universidade Federal de Pelotas, da Secretaria Estadual de Saúde, entre outras.

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