Empresas brasileiras rejeitam retaliação a tarifas dos EUA

Pesquisa da Amcham mostra que 86% defendem diálogo e alertam para riscos às exportações e investimentos

31.07.2025 | 14:34 (UTC -3)
Dirceu Pinto, edição Revista Cultivar

Um levantamento realizado pela Câmara Americana de Comércio Brasil e Estados Unidos - Amcham Brasil com 162 empresas mostra que 86% são contra retaliações imediatas às tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Para 88% das companhias, a melhor saída é negociar, evitando medidas de reciprocidade que possam intensificar tensões comerciais.

Os dados indicam que 59% das exportadoras preveem queda acentuada ou até interrupção das vendas aos EUA com a nova taxação. Além de afetar exportações, as empresas apontam riscos à cadeia de fornecedores, perda de competitividade frente a concorrentes internacionais, revisão de investimentos e redução de empregos.

Segundo Abrão Neto (na foto), presidente da Amcham Brasil, os resultados da pesquisa revelam com nitidez os potenciais impactos que tarifas mais altas representam para os negócios – desde a interrupção de exportações até o redirecionamento de investimentos globais. "É fundamental intensificar a busca por uma solução que preserve os ganhos econômicos e sociais da relação entre Brasil e Estados Unidos”, afirma. 

A pesquisa foi realizada entre 24 e 30 de julho de 2025, antes da publicação da ordem executiva americana. Segundo a Amcham, a lista de produtos brasileiros temporariamente isentos contempla US$ 18,4 bilhões em exportações, o equivalente a 43,4% do total exportado para os EUA em 2024.

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