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A Embrapa e a empresa norte-americana Regrow Agriculture, Inc.assinaram um acordo de cooperação técnica e financeira para adaptar o modelo de simulação computacional DNDC (DeNitrification-DeComposition) às condições edafoclimáticas brasileiras. A ferramenta já é amplamente utilizada no mundo para mensurar e otimizar o sequestro de carbono e a fixação de nitrogênio no solo.
O documento foi assinado pelo diretor de Estratégia da Regrow, William Sallas, e pela chefe-geral da Embrapa Agrobiologia (RJ), Cristhiane Amancio, representando a presidente Silvia Massruhá, durante o Simpósio Latino-Americano e Caribenho de Pesquisa de Carbono do Solo (LAC Soil Carbon 2025), que acontece no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, nesta semana.
Segundo o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão (GO) Pedro Machado, o DNDC é uma ferramenta computacional que oferece inúmeras vantagens aos sistemas produtivos, especialmente no que se refere à preservação ambiental. “É um modelo que permite simular processos de decomposição e emissões de gases de efeito estufa (GEE), como o óxido nitroso (N2O), provenientes do solo, auxiliando na compreensão e gestão desses processos”, explica.
Entretanto, até o momento, os dados estavam restritos às condições de clima temperado dos Estados Unidos e Europa. A parceria tem como objetivo adaptar e calibrar a ferramenta com informações da agricultura tropical praticada no País. Para isso, como observa Machado, onze unidades da Embrapa participam do ACT – Acre, Arroz e Feijão, Agrobiologia, Agrossilvipastoril, Algodão, Clima Temperado, Gado de Corte, Maranhão, Meio Norte, Pecuária Sudeste e Trigo – com o objetivo de abarcar diferentes biomas, solos e climas.
“Estamos muito otimistas em relação a esse acordo, uma vez que o DNDC é uma ferramenta valiosa para a pesquisa, tomada de decisão e gestão ambiental, oferecendo conhecimentos sobre a dinâmica do carbono e do nitrogênio no solo, e o impacto de diferentes práticas agrícolas nas emissões de GEE. A meta é desenvolver um modelo otimizado, calibrado e validado para os sistemas de produção agropecuários mais relevantes nos diferentes biomas do Brasil”, conclui o pesquisador. Os recursos financeiros da cooperação serão geridos pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário Edmundo Gastal (Fapeg).
Simulação de emissões de gases de efeito estufa: O DNDC permite estimar as emissões de GEE, como óxido nitroso (N2O), carbono e metano (CH4), entre outros, originadas de atividades agrícolas e florestais, auxiliando na avaliação do impacto ambiental dessas atividades.
Modelagem de processos complexos do solo: O modelo integra diversos processos físicos, químicos e biológicos que ocorrem no solo, como a decomposição de matéria orgânica, a ciclagem de nutrientes e a dinâmica da água, proporcionando uma visão abrangente do funcionamento do ecossistema.
Análise de práticas de manejo: O DNDC pode ser utilizado para avaliar o impacto de diferentes práticas de manejo agrícola, como adubação, irrigação, rotação de culturas e técnicas de conservação do solo, sobre as emissões de gases de efeito estufa e a produção.
Suporte à tomada de decisão: Ao fornecer informações sobre os impactos ambientais de diferentes práticas, o DNDC auxilia na tomada de decisões mais sustentáveis na agricultura e na gestão de recursos naturais.
Redução de custos: O uso do modelo pode reduzir a necessidade de experimentos laboratoriais e de campo extensos, o que pode diminuir custos de pesquisa e desenvolvimento para geração de práticas agrícolas mais eficientes e sustentáveis.
Flexibilidade e adaptabilidade: O DNDC pode ser aplicado em diferentes tipos de ecossistemas, como florestas, áreas úmidas e ecossistemas agrícolas, e pode ser adaptado para diferentes condições climáticas e de solo.
Avaliação de sequestro de carbono: O modelo também pode ser utilizado para avaliar o potencial de sequestro de carbono no solo, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.
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