Governo promove Seminário para rediscutir Extensionismo Rural no Tocantins
Em 2012, de 30 de abril a 4 de maio, acontece a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação). Com uma área de exposição total de 360 mil m², será dividida em setores, com áreas específicas para irrigação, armazenagem, aviação, automobilístico, máquinas para construção, caminhões, pneus, pecuária e ferramentas. Em 2011, a feira reuniu 765 marcas, de 45 países, 146.836 mil visitantes de 50 países, com a presença de 38 novas empresas nacionais e 22 novas empresas estrangeiras.
A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) irá apresentar 4 tecnologias: o pulverizador pneumático eletrostática, pesquisa com estufas de topo aberto (OTCs), o coletor solar e o biofiltro para tratamento de resíduos das águas utilizadas em experimentos com peixes.
O Pulverizador Pneumático Eletrostático desenvolvido pelo Laboratório de Tecnologia de Aplicação - LTA da Embrapa Meio Ambiente propicia a indução de uma carga elétrica estática em cada gota emitida pelo bico pulverizador.
Assim, as gotas eletricamente carregadas se espalham melhor pela repulsão elétrica entre cargas de mesmo sinal, ficando mais homogêneas e são imediatamente atraídas pelas plantas para onde são dirigidas, atingindo os alvos biológicos mais escondidos e aumentando significativamente a deposição do produto desejado nesses alvos.
O equipamento foi desenvolvido em parceria com a empresa Bell's Pulverizadores, que deverá em breve lançar no mercado um modelo comercial incorporando essa tecnologia, o que virá a beneficiar especialmente o pequeno produtor, por tratar-se de um conjunto compacto, de preço mais acessível do que os similares importados e de comprovada eficiência, diminuindo muito as derivas de agrotóxicos e os danos causados ao Meio Ambiente. O modelo atual, tipo pistola pulverizadora, é especialmente útil para pulverizações em ambientes protegidos (estufas) e em culturas de pequeno porte (hortaliças, morangos, etc); proporcionando grande ganho de eficiência das pulverizações.
Alterações no clima ocorridas nas últimas décadas têm despertado a atenção de diferentes segmentos da sociedade, especialmente com relação às suas causas e consequências. Dados obtidos a partir de amostras de bolhas de ar capturadas pelas geleiras da Antártica e retiradas em diferentes profundidades demonstram uma alta correlação entre mudanças de temperatura do planeta e a concentração de gases de efeito estufa na atmosfera, durante os últimos 800 mil anos. A concentração de dióxido de carbono (gás carbônico, CO2) não excedeu 300 ppm durante esse período, porém, a partir da Revolução Industrial (final do século XVIII), as atividades antrópicas, além dos eventos naturais, estão alterando a composição de gases da atmosfera. A concentração atual é de aproximadamente 390 ppm e pode chegar a dobrar até o final do século.
Além de atuar como gás de efeito estufa, causando alterações no clima do planeta, o CO2 também pode causar impactos diretos nos agroecosssitemas. Há uma quantidade relativamente grande de trabalhos sobre o efeito benéfico da elevação do teor de CO2 no crescimento de plantas, embora diferenças entre espécies possam existir.
As estufas de topo aberto (OTCs) são estruturas usadas para experimentos de campo com a finalidade de criar um ambiente que representa a atmosfera futura do final do século. Uma parte das OTCs recebe aplicação de gás carbônico (atmosfera futura) e outra parte permanece sem aplicação (atmosfera atual). No seu interior são cultivadas as plantas que serão inoculadas com patógenos para que ocorram doenças. Dessa forma, são comparadas as plantas do futuro e as atuais quanto ao crescimento, à fisiologia, à produção e, principalmente, à ocorrência de doenças.
O projeto Climapest (
), liderado pela Embrapa Meio Ambiente construiu seis experimentos desse tipo em diferentes regiões do Brasil, onde diversas culturas importantes e suas doenças e pragas estão sendo estudadas.
O trabalho de produção de mudas em viveiros, de produção de flores em vasos ou de produção de hortaliças em canteiros passa, quase sempre, pela necessidade de obter-se um substrato confiável, isento de patógenos e de sementes de ervas daninhas. Visando atender a essa necessidade e evitar o uso de produtos químicos perigosos, o Laboratório de Microbiologia Ambiental - LMA da Embrapa Meio Ambiente desenvolveu o coletor solar, equipamento de funcionamento simples e construção barata, que tem por finalidade acabar com os fungos, bactérias e algumas plantas daninhas dos substratos que serão utilizados para o plantio de mudas produzidas em recipientes como sacos plásticos, vasos ou bandejas, principalmente em viveiros.
O sol bate nos tubos, aquece o substrato e os fungos são eliminados pelo calor. Normalmente, em um dia de sol, a temperatura dentro dos tubos chega a 70 graus, o que é suficiente para matar os fungos mais comuns como Scletorinia sclerotiorum, Sclerotium rolfsii, Verticillium e Rhizoctonia solani entre outros, pois são todos sensíveis ao calor.
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