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Embrapa e o Centro de Pesquisa Agrícola (ARC) do Egito assinaram nesta terça-feira, dia 10, Memorando de Entendimento (MoU) que abre possibilidades de desenvolvimento de pesquisas de interesse para o agro dos dois países. A instituição, vinculada ao Ministério da Agricultura egípcio, é considerada uma das mais importantes do mundo. Ela busca a adoção de tecnologias cada vez mais modernas e inovadoras que contribuam com a produtividade agrícola da região, em função da escassez de recursos naturais e da pressão populacional por alimentos. Atualmente, o Egito tem cerca de 107 milhões de habitantes e utiliza apenas 8% do seu território – a maior parte desértico - com atividades agrícolas.
“Temos um potencial muito grande de contribuição com o que a ciência brasileira já desenvolveu ao longo das últimas décadas”, disse o presidente da Embrapa Celso Moretti, que faz parte da delegação brasileira, liderada pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes. O objetivo da comitiva é visitar países do Oriente Médio, África e Europa, em busca de soluções relacionadas principalmente à questão dos fertilizantes e novas oportunidades de acordos e parcerias bilaterais.
Segundo o presidente da Embrapa, as tecnologias de irrigação estão entre as principais áreas beneficiadas pelo acordo. “Os produtores egípcios ainda utilizam métodos considerados antigos para garantir o abastecimento de água às áreas produtoras”, explicou. Ele refere-se particularmente à irrigação por meio de sulcos em terrenos arenosos, cujo aproveitamento é insuficiente às necessidades das plantações. Pelo MoU, está prevista cooperação nas áreas de melhoramento genético, sanidade animal e vegetal, biotecnologia, agricultura digital, mudanças climáticas, irrigação e manejo da água e intercâmbio de pesquisadores.
“Em novembro deste ano, em Sharm el-Sheikh, o Egito será a sede da próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP27) e haverá uma oportunidade única para fortalecer a questão agrícola na pauta das discussões, como um fator prioritário frente aos cenários do futuro”, comentou o presidente, dizendo que os encontros permitiram antecipar a definição de uma agenda comum.
Durante o encontro com dirigentes do ARC, Moretti foi convidado a visitar a instituição e conhecer o trabalho desenvolvido por mais de 10 mil empregados, em 32 estações de pesquisa no território egípcio.
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