Vigilância contra aftosa terá mais um posto
A Embrapa Agroindústria Tropical presidirá a Comissão Técnica do Melão, um grupo composto por instituições públicas e empresas cujo objetivo é retomar a produção de melão a partir das novas normas da Produção Integrada Agropecuária (PI Brasil), que entraram em vigor em 2010. A decisão foi tomada durante reunião ocorrida hoje de manhã, dia 1º, na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-RN), em Mossoró (RN). Um termo de cooperação foi firmado durante o encontro, envolvendo representantes dos setores privado e público. Conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Produção Integrada é um sistema moderno baseado em boas práticas agropecuárias. O modo de produzir contribui para o desenvolvimento humano, levando em conta a segurança do trabalhador, a legislação trabalhista, a qualidade de vida dos produtores e comunidades, a conservação do meio ambiente (especialmente, solo e água) a sanidade e o bem-estar dos animais.
Na reunião, a representante do Mapa, Rosilene Souza, apresentou as transformações ocorridas na PI Brasil, a partir de 2010, ano em que a Instrução Normativa nº 27 do ministério entrou em vigor. Dentre elas, destacam-se a possibilidade de os produtores requererem a certificação em grupo e a incorporação da indústria, além da fazenda, nas etapas da PI. O selo da PI Brasil passa a ser único para todos os produtos e criações em substituição aos selos específicos por produtos. O novo desenho destacará os termos "Brasil certificado" e "Agricultura de qualidade". Tendo em vista a implantação das mudanças, o órgão pretende capacitar 40 mil pessoas sobre o assunto.
De acordo com o chefe-geral da Embrapa Agroindústria Tropical, Vitor Hugo de Oliveira, com as novas normas da Produção Integrada "mais flexíveis", "haverá uma maior adesão a este sistema, com reflexos positivos no negócio melão". O Sebrae-RN, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), Emater/RN e a Superintendência Federal de Agricultura (SFA/RN) são as instituições públicas que integrarão a CT Melão. Da iniciativa privada, farão parte da comissão a Agrícola Famosa, o Comitê Executivo de Fitossanidade do Rio Grande do Norte (Coex), a Coopfrutas, a Univale e a Itaueira.
Segundo o Coex, a produção de melão, entre 2008 e 2010, tem variado entre 180 a 200 mil toneladas. A área de produção é de cerca de 10 mil hectares, estendendo dos municípios de Mossoró e Baraúna, passando por Assu e Limoeiro. Em novembro de 2011, o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) recebeu um pedido de Indicação de Procedência para o melão produzido em Mossoró. O Rio Grande do Norte se destaca como o maior produtor de melão no Brasil. O setor gera 15 mil empregos diretos e cerca de 50 mil indiretos.
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