Goiás deve colher mais de 24 milhões de toneladas de grãos na safra 2019/2020
A soja é um dos destaques esperados, com aumento de 5,4% da produção e expectativa de produção de 12,05 milhões de toneladas
Viabilizar projetos produtivos em quatro regiões de Minas Gerais e compartilhar conhecimentos agropecuários. Esses são os objetivos de uma parceria entre a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG). A iniciativa está beneficiando 100 municípios.
O convênio entre as duas instituições foi assinado em 2017, com início das ações em 2018. Os municípios beneficiados pertencem às regiões Norte, Nordeste, Leste e Central. Pelo acordo, a Emater-MG, vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS) são responsáveis pela seleção e cadastramento dos agricultores.
Os técnicos também prestam assistência técnica coletiva e individual, realizam o diagnóstico das propriedades, além de coordenarem a implantação de Unidades de Referência (UR). Cada município beneficiado recebeu uma unidade. A expectativa é que esse espaço sirva de referência para pelo menos 20 produtores de cada município.
Nessas unidades são desenvolvidos os projetos produtivos elaborados pela Emater-MG, de acordo com as possibilidades e objetivos dos produtores. São as mais diversas atividades, que visam a geração de renda e uma produção sustentável. Tudo é acompanhado de perto pelos técnicos da empresa. As unidades são implantadas em uma área cedida pelo produtor em sua propriedade.
“A ideia é oportunizar a socialização e a apropriação de resultados de práticas tecnológicas e de processos, considerando os aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais desenvolvidas nessas unidades”, diz o coordenador estadual em Metodologia de Extensão Rural da Emater-MG, Ademar Pires.
As ações estão sendo possíveis por meio de recursos provenientes das Anater (R$ 6,1 milhões) e da Emater-MG (R$ 1,1 milhão).
UR em Cordisburgo
Em 2018, foi implantada em Cordisburgo, região Central de Minas Gerais, uma Unidade de Referência em sistema agroflorestal. Na área são cultivadas diversas hortaliças, árvores frutíferas (banana, limão, maracujá e outras furtas) e eucalipto. “As folhas de eucalipto são trituradas e para fazer matéria orgânica”, diz o técnico da Emater-MG, Glauco Francisco Ferreira.
O extensionista também explica como é feito o plantio consorciado entre árvores e hortaliças. “A ideia é intercalar canteiros de floresta e hortaliças. A cada três de hortaliças, planta-se um de árvore. Nesta unidade, são 70 canteiros de hortaliças”, afirma.
Segundo Glauco Ferreira, o espaço tem sido utilizado para vistas técnicas de outros produtores que querem saber mais sobre o sistema agroflorestal. “Para o produtor significa melhores condições de trabalho, por causa das sombras das árvores. Há também a redução do consumo de água, melhoria da qualidade do solo e das hortaliças”, diz.
A Unidade de Referência foi implantada na propriedade do produtor e biólogo, Caio Henrique Pessoa Gaspar. Já na época de estudante, ele pretendia produzir alimentos no sistema agroflorestal. “Eu buscava uma atividade sustentável, que não agredisse o meio ambiente”, disse. Antes de implantar o sistema em sua propriedade, Caio fez cursos de capacitação e recebeu orientações dos técnicos da Emater-MG. “Esse sistema melhora a qualidade do solo e dos alimentos. A gente percebe também a diminuição da incidência de pragas e doenças”, conta o horticultor.
Caio Henrique vende seus produtos para a rede municipal de educação em Cordisburgo, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A produção da propriedade dele também é comercializada no município de Pedro Leopoldo.
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